Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central confirmou, nessa quarta-feira, nova alta da taxa de juros básicos da economia
A elevação da taxa Selic – juros básicos da economia – de 10,75% para 11,75% ao ano, efetivada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, nessa quarta-feira (16), contribui para uma indesejável desaceleração mais intensa do PIB brasileiro, na avaliação da FIEMG.
Para a Federação, o ritmo e a intensidade dos movimentos de elevação dos juros impõem ao setor produtivo e à sociedade brasileira um custo muito alto e, por esse motivo, precisam ser questionados. Há algum tempo convivemos com um ímpeto inflacionário influenciado por choques de oferta, que tendem a ser agravados pela mudança do cenário internacional.
A guerra no Leste Europeu, enxerga ainda a FIEMG, sujeita o Brasil e o resto do mundo a novos aumentos de preços dos combustíveis e dos alimentos. “Ao mesmo tempo, a expansão da covid-19 em importantes centros industriais da China resultará em nova desestruturação das cadeias globais de suprimentos.
Inflação
Em um curto período de tempo, a taxa Selic saiu de 2% para 10,75% ao ano. E, ao mesmo tempo, as expectativas de inflação parecem estar ainda mais distantes da meta, sinaliza a Federação.
A reflexão proposta é se a política monetária restritiva do Banco Central está sendo realmente capaz de realinhar a inflação à meta? Até que se responda a isso, considera a FIEMG, há o risco de se levar a economia brasileira à recessão em 2022 e em 2023, um cenário inaceitável para a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais.