A preocupação com o tabagismo não é recente, e o trabalho de conscientização sobre os risco do cigarro à saúde também não. Desde 1987, o dia 31 de maio, em todo o mundo, foi escolhido como a data para reforçar e alertar quanto aos malefícios relacionados ao tabagismo.
Nos últimos anos, outro fator que tem contribuído para a insistência de profissionais da saúde e autoridades públicas no combate ao tabagismo é o crescente aumento no uso de cigarros eletrônicos, os vapes ou pods, por pessoas de todas as idades, principalmente por jovens, é o que destaca a Subsecretaria de Políticas sobre Drogas da Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado de Minas Gerais (Sedese).
“Comércio, importação e propaganda de cigarros eletrônicos são proibidos no Brasil desde 2009. Entretanto, lamentavelmente, esses produtos são vendidos, de forma ilegal, pela internet, no comércio informal ou, ainda, podem ser adquiridos no exterior para uso pessoal”, alerta Soraya Romina, subsecretária de Políticas sobre Drogas.
A secretária ainda ressalta que a falta de informação sobre o uso do cigarro eletrônico e os riscos à saúde têm dificultado o trabalho de conscientização.
“A indústria do tabaco, infelizmente, vem utilizando o conceito de redução de danos para vender a ideia de que o cigarro eletrônico é um produto seguro. Não é. No processo de aquecimento ou vaporização, alguns produtos contidos no vapor incluem carcinógenos e substâncias citotóxicas, potencialmente causadoras de doenças pulmonares e cardiovasculares. Todo e qualquer cigarro aumenta o risco de doenças cardíacas e pulmonares, bem como de câncer”, explica Soraya.
O cigarro eletrônico funciona de maneira simples: uma bateria esquenta o líquido, que, em geral, é uma mistura de água, aromatizante alimentar, nicotina, propilenoglicol e glicerina vegetal, até ao ponto de se tornar um gás.
“Até o momento, não há evidências científicas de que o cigarro eletrônico seja uma alternativa segura para quem quer parar de fumar ou mesmo substituir. Precisamos estimular as pessoas a deixar o hábito de fumar e não trocar seis por meia dúzia. Nesse sentido, temos o dever de sensibilizar, orientar e informar toda a população, especialmente nossos adolescentes e jovens”, informa a subsecretária de Políticas sobre Drogas.
Tratamento para tabagismo no SUS
Em Minas Gerais, mais de 600 municípios oferecem tratamento para tabagismo, por meio do Programa Nacional de Controle do Tabagismo, com profissionais de saúde qualificados.
O tratamento das pessoas tabagistas é disponibilizado, de forma gratuita, prioritariamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). O usuário que demonstrar interesse em parar de fumar deve entrar em contato com a secretaria de Saúde da sua cidade para ser informado sobre os locais do SUS que oferecem o tratamento do tabagismo.
O SUS oferece tratamento para tabagismo em mais de 600 municípios de Minas Gerais, por meio do Programa Nacional de Controle do Tabagismo, com profissionais de saúde qualificados. O tratamento das pessoas tabagistas é disponibilizado, de forma gratuita, prioritariamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). O usuário que demonstre interesse em parar de fumar deverá entrar em contato com a secretaria de Saúde da sua cidade para ser informado sobre os locais do SUS que oferecem o tratamento do tabagismo.
O modelo de tratamento do programa consiste, inicialmente, em quatro sessões (encontros), semanalmente. Após, são promovidos encontros mais espaçados, até completar de seis a 12 meses de tratamento. O método tem como finalidade trabalhar com os fumantes os riscos de fumar e os benefícios de parar de fumar, fornecer informações necessárias para que ele possa lidar com a síndrome da abstinência, dependência psicológica e os condicionamentos associados ao ato de fumar, além de apoiá-lo nesse processo.
Informações: Agência Minas