Comissão discute, nesta segunda-feira (22), a importância da data, a partir da perspectiva das mulheres
Discutir a importância do Dia da Consciência Negra a partir da perspectiva e das histórias das mulheres. Com este objetivo, a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realiza audiência pública, nesta segunda-feira (22), a partir das 13h30, no Auditório José Alencar.
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O Dia da Consciência Negra é celebrado anualmente em 20 de novembro, aniversário de morte de Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, o maior símbolo da resistência à escravidão no Brasil.
A data foi idealizada há 50 anos por um grupo de jovens de Porto Alegre incomodado com a concepção de liberdade concedida aos negros, e não conquistada, à qual remeteria o Dia da Abolição da Escravatura, comemorado na data em que foi assinada a Lei Áurea, o 13 de maio.
A deputada Ana Paula Siqueira (Rede), que preside a comissão e solicitou a audiência, destaca que é importante dar voz e protagonismo à resistência e às histórias das vidas negras e das mulheres negras. “Essa é uma parcela da população que precisa estar inserida nas discussões das políticas públicas”, afirma.
A parlamentar lembra que, historicamente, a sociedade tenta colocar os negros no lugar de minoria no País. “Isso de alguma forma tenta justificar o inexplicável, que é o preconceito, as desigualdades sociais, políticas e econômicas. Nós, negros, estamos minoria nos espaços de poder e decisão, mas é sempre importante lembrar que somos maioria numérica na nossa população”, ressalta.
Convidados – Foram convidados a participar da audiência a secretária de Estado de Desenvolvimento Social, Elizabeth Jucá, a coordenadora de Política para Mulheres da pasta, Jailane Matos, e representantes de diversas entidades ligadas à causa.