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Deputados reforçam necessidade de investimentos pela Cemig

Confrontada com queixas de consumidores sobre aumento nas contas, companhia nega ter havido reajuste de tarifa

A importância da manutenção dos investimentos da Cemig e do tratamento diferenciado aos consumidores durante a pandemia pautaram a sabatina do presidente da empresa, Reynaldo Passanezi Filho, nessa quarta-feira (6), no Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Respondendo a questionamento de vários parlamentares, Passanezi reiterou que os consumidores residenciais que consomem até 220 kWh terão as tarifas de energia pagas pela União, por três meses. Também estão suspensos cortes de serviços emergenciais até o fim de junho.

“Estamos incentivando o cadastro de mais famílias com este perfil e também conversando com municípios e com a União sobre a possibilidade de isenção da taxa de iluminação pública e das incidências de PIS e Cofins”, reiterou o presidente da Cemig.

A preocupação com o comércio e a indústria também foi manifestada por parlamentares, entre os quais o presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, deputado Tiago Cota (MDB), que participou de forma presencial da reunião.

Passanezi esclareceu que as microempresas, assim como hospitais públicos e filantrópicos, podem parcelar os débitos com a Cemig em até seis vezes, sem juros. No caso de unidades de saúde, a empresa ainda está instalando geradores nas proximidades, para garantir o fornecimento ininterrupto.

Já no caso dos consumidores comerciais e industriais que têm contratos longos de fornecimento de energia, a companhia está fazendo o diferimento entre o contratado e o consumido, cobrando pela segunda referência.

Clientes se queixam de contas caras

A reclamação dos consumidores quanto ao valor das contas de energia, que estariam majorados, foi apresentada por vários deputados, entre os quais, o repórter Rafael Martins (PSD), presidente da Comissão de Minas e Energia.

Passanezi afirmou que não houve aumento na tarifa de energia e nem aumento global no consumo residencial. A hipótese de erro de leitura também foi afastada já que, segundo o presidente da Cemig, isso ocorre uma vez a cada 10 mil.

A cobrança pelo consumo médio, que chegou a ser adotada pela Cemig, também não foi relacionada às queixas de aumento na conta.

Segundo Passanezi, este sistema foi feito por apenas quatro dias, e a empresa optou pela volta dos leituristas.

Para o presidente, situações ocasionais de aumento de consumo residencial neste período em que as famílias estão em casa podem ocorrer. Mas todas as distorções, segundo ele, serão corrigidas.

Inadimplência – Ainda na área financeira, Reynaldo Passanezi Filho pontuou as dificuldades vividas pela Cemig diante da queda no consumo comercial e industrial e da inadimplência, que está entre 10% e 12%.

“Este índice era maior, mas caiu com a reabertura das lotéricas”, detalhou. Para o presidente, a Cemig tem o desafio de ampliar os canais digitais, em tempos de isolamento social, e também de mudar a cultura do consumidor, que ainda usa lotéricas e bancos para pagar 60% das contas.

Segundo ele, as distribuidoras ficam com apenas 20% do que é pago na conta de energia, mas têm que ter liquidez para bancar todo o sistema. Por isso, elas estão recorrendo à União em busca de um financiamento emergencial para o setor.

Plano de ampliações será mantido

Apesar da crise econômica gerada pela pandemia do novo coronavírus, o plano de investimentos da Cemig na rede de distribuição, orçado em R$ 1,5 bilhão para este ano, está mantido.

Deste total, R$ 1 bilhão é destinado ao Norte de Minas, onde há forte demanda dos produtores de energia eólica. O deputado Gil Pereira (PSD), presidente da Comissão Extraordinária das Energias Renováveis e dos Recursos Hídricos, trouxe a notícia de novo investimento no setor em Jaíba (Norte), de R$ 6 bilhões.

Para Passanezzi, o futuro pós-pandemia deve apontar para uma maior industrialização do Brasil, para reduzir a dependência de produtos importados, e esta pode ser uma oportunidade para Minas.

Neste sentido, a demora no atendimento da Cemig às empresas e indústrias que dependem da energia para o início de atividade foi pontuada por vários parlamentares, entre os quais, Arlen Santiago (PTB).

Passanezi reiterou que a Cemig é remunerada pelo investimento que realiza e não tem interesse na demora do atendimento. Segundo ele, em 2015 havia 35 mil obras em atraso, contra 200 obras atualmente.

Social – O presidente da Cemig falou, ainda, sobre ações sociais da empresa relacionadas à pandemia de Covid-19, como as medidas de proteção de seus funcionários e a doação de R$ 5 milhões a hospitais filantrópicos.

Outra iniciativa é a campanha de adesão ao recebimento da conta por e-mail. Para cada consumidor que aderir, a empresa doará R$ 5 aos hospitais filantrópicos. A Cemig tem 8,5 milhões de clientes.

Na mesma reunião, conduzida pelo presidente da ALMG, Agostinho Patrus (PV), foi ouvida a secretária de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ana Maria Soares Valentini, que também abordou as medidas da pasta para mitigar os efeitos da pandemia da Covid-19.

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