Defesa Civil pede atenção à temporada de ventanias e chuvas de granizo

Fenômenos climáticos severos são frequentes até março; população pode acompanhar a previsão 24h por dia ou se cadastrar para receber alertas

Além das altas temperaturas, a temporada primavera/verão também traz para Minas Gerais o que meteorologistas chamam de eventos climáticos severos: tempestades com potencial de alagamento, rajadas de vento, raios e chuvas de granizo.

“Historicamente, o período compreendido entre os meses de outubro e março é propenso à ocorrência de tempestades severas, temporais com capacidade de provocar granizo, vendavais, tornados, raios e/ou chuva torrencial”, frisa o major Carlos Eduardo Lopes, superintendente de gestão de desastres da Defesa Civil de Minas Gerais.

Regiões afetadas

Segundo a Plataforma de Registro de Eventos de Tempo Severo (Prets), que monitora os eventos climáticos em todo o país desde 2018, em Minas, as regiões Sul, Metropolitana, Triângulo Mineiro, Oeste, Campo das Vertentes e Zona da Mata são as que registram mais tempestades e chuvas de granizo.

“A Prets já armazenou mais de 300 relatos de granizo em território mineiro do início das atividades de monitoramento, em 2018, até aqui. Ainda em relação à queda de granizo, uma das mais significativas ocorreu em São Tomás Aquino, região Sul, com tempestade severa que gerou pedras de 6 cm de diâmetro, em 4/2/2020”.

Certamente, não é possível impedir que tais eventos ocorram. No entanto, o major afirma que a população tem ao alcance das mãos mecanismos simples e capazes de evitar graves consequências: a previsão meteorológica e a emissão de alertas localizados da Defesa Civil.

Isso porque parceria do órgão com o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), por meio do Sistema de Meteorologia e Recursos Hídricos de Minas Gerais (Simge), acompanha a previsão 24h, via radar e satélite, com foco na análise de formação de grandes nuvens e detecção de quais precipitações podem acarretar riscos à população.

“Esse trabalho propicia a otimização do sistema de envio de alertas meteorológicos à população via mensagens SMS, TV a cabo e redes sociais”, informa o major.

Cadastro

Lopes destaca que a intenção dos alertas é permitir à população e ao poder público local desenvolver, com antecedência, ações de proteção contra ocorrências mais graves, principalmente aquelas com potencial de causar danos.
“Se as pessoas tivessem o costume de verificar as previsões e alertas meteorológicos, poderiam evitar o risco de ser surpreendidas por eventos adversos e até mesmo de vivenciar desastres”, comenta.

O cadastro pode ser feito por inscrição do telefone pessoal no Sistema de Envio de Alertas da Defesa Civil. Basta enviar uma mensagem de SMS para o número 40199 com o CEP da localidade de interesse.

Outro mecanismo de prevenção é seguir as redes sociais da Defesa Civil de Minas Gerais, por exemplo o Twitter (@defesacivil_mg), canal usado pelo órgão para emitir alertas de tempestades severas e outros eventos climáticos 24h por dia.

Dicas

Além de estar atenta à previsão meteorológica e à emissão de alertas, é importante que a população reforce medidas de segurança diante dos eventos climáticos severos.

Uma vez em meio à tempestade, a dica do major é para que as pessoas procurem abrigos seguros para se proteger das pedras de gelo e também de possíveis inundações, “uma vez que o granizo pode vir acompanhado de chuvas torrenciais”.

Saber o que evitar também é importante e pode, inclusive, salvar vidas. “Nunca procure abrigo debaixo de árvores ou coberturas metálicas frágeis, pois há riscos de quedas; não estacione veículos próximos a torres de transmissão, placas de propaganda ou de algo que, visivelmente, possa se deslocar ou se desprender sob ventos fortes; evite entrar em engarrafamentos, ruas e avenidas que foram afetadas pela chuva de granizo”, lista o major.

O especialista em desastres indica, ainda, que a população reforce o cuidado com o patrimônio que possa ser afetado pela tempestade de granizo. “Colocar película protetora nos vidros do carro, por exemplo, evita o risco de estilhaços. Reforçar as telhas comuns por telhas mais resistentes, como as telhas de concreto, ou impermeabilizar os telhados para evitar infiltração podem minimizar ou mesmo evitar estragos maiores”.

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