Covid-19: IBGE antecipa dados de acesso da população a serviços de saúde

O IBGE antecipou para o Ministério da Saúde e para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informações sobre o deslocamento da população para cidades em busca de serviços de saúde. Com os dados, os órgãos poderão elaborar políticas públicas, planos e logística para enfrentar a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Os resultados disponibilizados, preliminarmente, compõem a pesquisa Regiões de Influência das Cidades (Regic) 2018, cuja íntegra será divulgada ainda este ano pelo IBGE.

Os resultados dessa parte da pesquisa mostram que, no País, as pessoas precisam percorrer, em média, 72 km para atendimento de baixa e média complexidade, como consultas médicas e odontológicas, exames clínicos, serviços ortopédicos e radiológicos, fisioterapia e pequenas cirurgias, entre outros atendimentos que não impliquem internação.

Feita a cada dez anos, a Regic define a hierarquia dos centros urbanos brasileiros e delimita as regiões de influência a eles associados. A pesquisa saiu a campo no segundo semestre de 2018 e investigou, entre outros aspectos, o deslocamento dos usuários da rede pública e privada de saúde, que saem de seus municípios com destino a outros para acesso à serviços de saúde de baixa, média e alta complexidade.

A pesquisa revela que a busca por tratamentos de alta complexidade exige do paciente mais que o dobro do deslocamento para procedimentos de baixa e média complexidade. Em média, uma pessoa percorre 155 km, no Brasil, para tratamentos especializados de alto custo, que envolvem internação, cirurgias, exames como ressonância magnética e tomografia e tratamentos de câncer.

Os números da pesquisa mostram profundas diferenças regionais quanto à concentração de cidades que são referência em saúde. Enquanto a média dos deslocamentos das regiões Sudeste e Sul ficaram em torno de 100 km, nas quais os fluxos se distribuem entre as capitais e cidades de menor porte no interior, no Nordeste os tratamentos de alta complexidade estão concentrados, sobretudo, nas capitais.

Covid-19

O IBGE vem contribuindo com as ações de combate ao coronavírus desde o início da pandemia, quando decidiu adiar para 2021 o Censo Demográfico que seria feito este ano. Os recursos que seriam aplicados na operação censitária foram disponibilizados pelo Instituto ao Ministério da Saúde para enfrentamento à doença.

Na última semana, o instituto também anunciou parceria com o Ministério da Saúde para implementar versão inédita da Pnad Contínua, que irá monitorar a incidência da Covid-19 nacionalmente. O IBGE vai continuar munindo os órgãos de saúde com dados relevantes para controle da doença.

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