Um levantamento da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), informado ainda neste mês ao Diário do Rio Doce, relatou que atualmente há pelo menos 473 pessoas em situação de rua no município de Governador Valadares.
Dentre tantos questionamentos que envolvem essa triste realidade está “o que o Poder Público tem feito em prol dessas pessoas?”, pergunta que, inclusive, costuma dividir opiniões.
A Prefeitura, juntamente com a SMAS, optou pela realização de um serviço que atue em favor de cada indivíduo que se encontra nessa condição, oferecendo assistência em todos os âmbitos e, principalmente, a oportunidade de se reestruturar.
Assim foi instituído o Serviço de Abordagem Social (SEAS), que consiste na formação de uma equipe composta por uma psicóloga, uma assistente social e quatro agentes sociais. O grupo de profissionais visita ruas, praças e outros locais mapeados com incidência de população em situação de rua, mendicância, trabalho infantil, exploração sexual, entre outras condições de violação de direitos.
“O primeiro contato das políticas sociais do Município com a população de rua acontece pela equipe da Abordagem Social. A partir da Abordagem Social, todo o sistema de acolhimento da Secretaria Municipal de Assistência Social é mobilizado para garantir os direitos de saúde, alimentação e inserir os atendidos em programas e iniciativas públicas que possibilitem condições de vida e reintegração social”, informou a Secretaria Municipal de Assistência Social.
Confira os serviços ofertados pelo SEAS no ato da abordagem:
Para facilitar a identificação quando estiverem em serviço, os agentes atuam uniformizados, usando blusa e colete.
De acordo com a assessoria de comunicação da Prefeitura, as abordagens são realizadas na escala 12×36, no período diurno, de 7h30 às 19h30.
A Prefeitura reforça ainda que “o SEAS tem por objetivo a busca ativa, a identificação e mapeamento de vulnerabilidade, acolhimento, atendimento, acompanhamento e intervenções no território com a população em situação de vulnerabilidade social”.
Direito de escolha
Um outro fato destacado pela administração municipal é que a permanência em determinada condição, ainda que desfavorável, é uma decisão que cabe somente ao assistido.
“Embora os serviços tenham por finalidade ofertar condições tanto sociais quanto estruturais para o processo de saída das ruas, é válido ressaltar que permanecer nesta condição envolve questões subjetivas dos indivíduos, bem como escolhas e expectativas sobre o que se pretende ser e/ou fazer no futuro”, esclareceu a Ascom.
Criar laços e mudar histórias de vida
A coordenadora do CREAS, Francislene Moreto, considera ser importante criar vínculos, para que a reinserção das pessoas em situação de rua nas atividades sociais seja consequência de um trabalho estruturado.
“A equipe de Abordagem precisa, antes de mais nada, criar laços, para depois fazer o acompanhamento constante, até que consiga incluir as pessoas em programas sociais e de fato mudar a realidade em que elas vivem”, explicou.
O Serviço de Abordagem funciona das 7h30 às 19h30, todos os dias da semana. Para acionar, você pode ligar ou enviar uma mensagem de whatsapp para (33) 3221-9551.