Confira por que a substância contraste, usada em exames de ressonância, está em falta no país

A substância conhecida como contraste, usada em exames de ressonância, está em falta em todo o país. As causas são diversas, mas as principais apontadas são o alto consumo durante a pandemia, já que aumentou a realização de exames e houve muitos investimentos em tomógrafos.

Os contrastes mais comuns na realização de exames são compostos por sulfato de bário, iodo ou gadolínio. Esse exame melhora a qualidade das imagens obtidas de partes internas do corpo. É um diagnóstico por imagem que usa um campo magnético e a substância para observar e realçar estruturas anatômicas.

“A falta de contraste, principalmente o iodado, é a nível mundial. Devido à alta demanda no período da pandemia, que, além do grande consumo,  tem a falta de iodo e o fechamento de uma fábrica importante na China, em Xangai. Temos conseguido manter a qualidade dos exames através de algumas medidas, como avaliando cada paciente no seu contexto químico para ver se é necessário ou não o uso do contraste”, explicou a técnica responsável pelo setor de imagens em um hospital de Valadares, a médica Amanda Oliveira.

Segundo ela, desde que a empresa chinesa retomou as atividades, a situação da demanda do contraste melhorou, mas a crise persiste. A quantidade usada no hospital em que Amanda trabalha é de aproximadamente 300 ampolas por mês, cada uma com 15 ml, suficientes para um exame.

“Nós estamos tendo dificuldades para adquirir o contraste. Os fornecedores não têm e isso dificulta os exames. Há 90 dias não estamos tendo o produto. Para tomografia temos encontrado dificuldade, mas conseguimos; já da ressonância está mais difícil e estamos aguardando a logística”, disse Ricardo Heringer, gerente do almoxarifado do hospital.

Ainda de acordo com ele, a previsão é que até dezembro deste ano a situação se regularize.

Tratamentos

“Gera uma dificuldade, mas conseguimos substituir. Por exemplo, substituímos a ressonância por ultrassom e outros exames de imagem, para que não haja uma descontinuidade no tratamento. No setor da oncologia nenhum paciente teve seus tratamentos prejudicados”, afirmou o médico radioncologista Pedro Paulo Lopes.

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