Nos anos duros da ditadura, a casa de um professor universitário, amigo do então deputado Sérgio Murilo (PE), foi invadida. É que os milicos a viam como um “aparelho” da esquerda. Na batida, a biblioteca foi cuidadosamente examinada em busca de literatura subversiva. Ao ler um dos títulos, “Materialismo Histórico e Materialismo Dialético“, de Karl Marx, o chefe da operação descartou a apreensão: “Esse aí não interessa. É sobre espiritismo.” O agente auxiliar mostrou outro livro, “O Vermelho e o Negro”, de Stendhal. O homem mandou: “Ah!… Esse aí, sim! Além de comunista, é racista!”
___
Com André Brito e Tiago Vasconcelos
www.diariodopoder.com.br