Segundo o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), nesta etapa, estão sendo vacinados animais de 0 a 24 meses
“Esta vacina é proteção para o gado e para o humano. Na hora de comprar a carne no açougue, sabemos que o gado é vacinado”, declarou o produtor rural João Domingos Ferreira Neto, em entrevista ao DRD, na manhã desta segunda-feira (2). O proprietário possui, em sua terra, na zona rural de Era Nova, 48 bovinos. Ele afirma que não deixa de estar em dia com a vacinação dos animais e, claro, não se esquece da dose contra a febre aftosa.
A campanha de vacinação começou nesse domingo (1º) e vai até 31 de maio. No entanto estão sendo vacinados somente os bovinos de 0 a 24 meses de idade. Então hoje, o cuidado especial por parte do Sr. João Domingos estava inteiramente voltado aos bezerros. Confira no vídeo abaixo:
Ainda não há doses suficientes para rebanho adulto
Mas o fiscal agropecuário do IMA Fábio Lima explica que esta não é a ordem de idade estabelecida todos os anos para a vacinação dos animais. Dessa forma, são imunizados os bovinos mais velhos na primeira etapa e, na segunda fase, os mais novos. Porém neste ano, especificamente, foi necessário inverter essa ordem em razão da baixa produção de vacinas.
Segundo Lima, como o rebanho adulto é maior, ainda não há doses suficientes. Portanto este grupo deverá ser vacinado na 2ª etapa da campanha, que deve acontecer em novembro. “Devido ao problema que a gente teve, no ano passado, por falta de vacina, essa questão foi invertida. Então em maio, agora, vai ser vacinado só o gado menor de 2 anos, de 0 a 24 meses; e em novembro, que vai ser a última campanha, o gado todo”, disse o fiscal.
Último ano de vacinação
Este é o último ano da campanha de vacinação contra a febre aftosa no Estado. Ainda de acordo com o fiscal agropecuário, a meta do instituto é atingir 90% da cobertura vacinal. Ele relata que, em 2021, o alcance foi superior a 95%. Enquanto neste ano, espera-se que sejam vacinados 200.000 animais só no Leste de Minas. Além disso, o especialista relembra que Minas Gerais não possui focos da doença há décadas, tendo seu último registro há mais de 20 anos.
Contudo o IMA e também os produtores rurais seguem preocupados com a prevenção da doença. “É bom a gente relembrar a todos os parceiros que tiverem criação, de vacinar. Nós temos essa preocupação ano a ano com o gado e seria muito bom se todos preocupassem. Porque é uma vacina que, além de proteger o gado, protege o ser humano. É proteger a saúde de todos”, reforça o produtor rural José Domingos, ao mandar um recado para seus amigos criadores de gado.
Multa
Sobretudo há um procedimento importante do qual o Sr. José Domingos também está ciente: “É importante entregar a declaração, né. Para ter a confirmação de que foi vacinado”.
Portanto o produtor que não vacinar os animais estará sujeito à multa. A cobrança corresponde à 25 Unidades Fiscais do Estado de Minas Gerais (Ufemgs) por animal, equivalente a R$ 119,25 por cabeça. Por isso, a declaração de vacinação é obrigatória e o produtor que não a fizer até 10 de junho poderá sofrer multa em 5 Ufemgs, ou seja, R$ 23,85 por cabeça.
A declaração pode ser gerada de forma eletrônica, por meio do site www.ima.mg.gov.br ou, caso o produtor tenha cadastro, pelo Portal de Serviços do Produtor. Além disso, para facilitar a localização da propriedade, o IMA recomenda o envio do Cadastramento Ambiental Rural (CAR) na realização deste procedimento.
Por fim, o fiscal agropecuário Fábio Lima informa que, se não gerada de forma eletrônica, é só imprimir a declaração e entregar pessoalmente na sede do IMA. O instituto está localizado na rua Dom Pedro II, nº 377, Centro.
Atendimento na sede do IMA
Os atendimentos presenciais na sede do IMA, em Valadares, estão temporariamente suspensos devido à falta de energia elétrica. O problema é decorrente de um furto à fiação do local. Mas segundo Fábio Lima, a previsão é que o problema seja solucionado ainda hoje (2). No entanto ele reforça que os atendimentos ainda seguem de forma on-line, por meio do site ima.mg.gov.br/.
