Um estudo realizado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) aponta que as fortes chuvas das últimas semanas causaram danos à 48,7% dos municípios no Estado. O levantamento preliminar aponta que 127 mil produtores rurais em Minas Gerais sofreram com os impactos das chuvas.
Entre os municípios com estimativa de áreas afetadas, a produção de feijão 1ª safra foi a mais prejudicada, com 42,2% da área a ser colhida. Sendo as regiões Norte, Cerrado, Nordeste, Leste e Central as mais atingidas.
Já na produção de hortaliças, é estimado um comprometimento de 37% da área, principalmente nas regiões Nordeste, Leste e Central de Minas Gerais. A produção de milho (safra verão) tem uma estimativa de 23,3% de área afetada, com destaque para as regiões Norte, Nordeste e Central.
Apesar disso até o momento não houve impacto significativo na oferta de frutas e hortaliças para o mercado atacadista, segundo a Ceasaminas. O mesmo não se repete com outros produtos como beterraba, mandioca, quiabo e mandioquinha-salsa comercializados no interior do Estado, que apresentaram redução de oferta.
Nas regiões metropolitanas de Minas, onde se concentra a maior produção de folhosas, ainda há possibilidade de impacto no abastecimento por causa das condições climáticas. Outra preocupação é com a interdição em alguns pontos de rodovias, que podem prejudicar o escoamento de produtos como morango e batata, principalmente nas regiões Sul e Campo das Vertentes.
Na pecuária leiteira, a estimativa da Emater-MG mostra que, nos municípios prejudicados pelas chuvas, 21,4% da produção de leite deverá ser comprometida, principalmente nas regiões Nordeste, Leste e Central. Uma pesquisa feita pelos técnicos da empresa com 96 laticínios no Estado indicou que, em média, a queda na captação de leite foi de 9%, principalmente pela dificuldade de deslocamento em algumas localidades.
Outras atividades que registram possibilidade de dano com as chuvas foram piscicultura (28,3%), avicultura caipira (23,7%), pecuária de corte (17,7%) e suinocultura caipira (15%). Informações: Emater-MG