Caso suspeito de morte por dengue hemorrágica é investigado em Teófilo Otoni

FOTO: Reprodução/ Redes Sociais

Na manhã desse domingo (26), a Prefeitura de Teófilo Otoni, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, informou a morte de um biomédico, de 33 anos, como um caso suspeito de dengue hemorrágica. Breno Andrade de Santana estava internado no Hospital Philadelfia, em Teófilo Otoni. De acordo com as informações divulgadas pela prefeitura, o biomédico apresentava sintomas de dengue há cinco dias. 

Por causa da suspeita da morte estar relacionada à dengue hemorrágica, profissionais da Vigilância em Saúde foram até a unidade de saúde, onde Breno estava internado, para iniciar uma investigação epidemiológica com a coleta de dados e amostra de exame de RT-CPR (que permite identificar a presença, ou não, do vírus da covid-19).

Ainda segundo o comunicado da prefeitura, “existe a suspeita de que, em se tratando de dengue, a contaminação do paciente teria ocorrido em outro município, uma vez que nos foi relatado, ter o paciente histórico clínico de sintomas de dengue, como a febre, há mais de 5 dias. Neste período o paciente não se encontrava em nosso município, tendo o mesmo passado por dois serviços médicos em distintos municípios, antes de vir a ser internado em Teófilo Otoni”.

Comunidado da Prefeitura de Teófilo Otoni sobre o caso suspeito de morte por dengue hemorrágica – FOTO: Reprodução/ Prefeitura de Teófilo Otoni

Breno Andrade de Santana

Aos 33 anos, Breno trabalhava em um laboratório na cidade de Teófilo Otoni. Pelas redes sociais, amigos, familiares e colegas de trabalho compartilharam o sentimento de luto pela perda de Breno. 

O biomédico, que nas horas vagas trocava as luvas de cirurgia pelas luvas de ciclismo, deixa para trás uma esposa, Joice Wan Der Maas, e os filhos, Miguel, de 4 anos, e Maria Alice, de 1 ano.

No meio da imagem, Breno Andrede de Santana, 33 anos – FOTO: Reproduação/ Redes Sociais

Dengue hemorrágica*

Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, a doença se manifesta de forma leve ou assintomática na maioria dos casos, mas uma em cada 20 pessoas pode desenvolver a forma grave, também chamada de dengue hemorrágica, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. O risco é maior quando o indivíduo sofre uma segunda infecção, o que pode ocorrer devido à existência de quatro subtipos do vírus (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4).

FOTO: Reprodução

Os sintomas clássicos são febre alta, manchas vermelhas pelo corpo, dor ao redor dos olhos e dores musculares e nas articulações. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o paciente pode entrar na chamada fase crítica da doença depois de três a sete dias do início dos sintomas, quando a febre começa a baixar. Nesse momento, sinais da dengue grave podem se manifestar: 

● dor abdominal intensa

● vômito persistente, às vezes com sangue

● sangramento nas gengivas ou nariz

● dificuldade respiratória

● confusão mental

● fadiga

● aumento do fígado

● queda da pressão arterial

● sangue nas fezes


Caso o indivíduo comece a apresentar esses sintomas, deve procurar atendimento médico imediatamente, já que as próximas 24 a 48 horas são determinantes para evitar complicações e morte.

Os países da Ásia e da América Latina são os mais afetados pela dengue hemorrágica, que se tornou uma das principais causas de hospitalização e morte entre crianças e adultos nessas regiões, aponta a OMS. Em 2019, foram registrados 3,1 milhões de casos de dengue na América Latina, sendo 28 mil graves, e 1.534 óbitos.

Tratamento

Como não existe uma terapia específica para a dengue, o tratamento é feito com base em hidratação e medicamentos para controlar os sintomas, como paracetamol. Deve-se evitar anti-inflamatórios não esteroides, como ibuprofeno e aspirina, já que eles afinam o sangue e aumentam o risco de hemorragias.

*Informações Instituto Butantan

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