IPATINGA – A Câmara Municipal de Ipatinga deu início a uma nova fase em sua política de inclusão e acessibilidade. Durante a reunião da Câmara Mirim, foi inaugurado o serviço presencial de tradução e interpretação em Língua Brasileira de Sinais (Libras), que passa a integrar de forma permanente as atividades do Legislativo.
O novo contrato garante que pessoas surdas possam acompanhar com autonomia as sessões, audiências públicas, reuniões de comissões e demais eventos oficiais da Câmara. A iniciativa coloca o Legislativo ipatinguense entre as poucas instituições públicas da região a oferecer o serviço de tradução em Libras de maneira contínua e presencial, ampliando o acesso às informações e ao debate político.
De acordo com o edital do Pregão Eletrônico nº 11/2025, o serviço inclui a presença de intérpretes em todas as reuniões ordinárias e extraordinárias, sessões solenes, encontros da Câmara Mirim e solenidades oficiais. A tradução será realizada por profissionais com proficiência comprovada, seguindo as normas técnicas e éticas da profissão.
O presidente da Câmara, vereador Ley do Trânsito (PL), destacou que o objetivo é tornar o Legislativo mais acessível e democrático. “A acessibilidade não é um favor, é um direito. Com esse serviço, estamos assegurando que a população surda de Ipatinga possa participar plenamente da vida política e acompanhar, em igualdade de condições, tudo o que acontece na Câmara Municipal”, afirmou.
Os intérpretes Gustavo Costa e Tiago Cabral, que se revezarão nas atividades, têm oito anos de experiência cada e explicaram que o trabalho segue o modelo de interpretação simultânea, o que exige alta concentração e coordenação. “Nosso trabalho é traduzir não apenas as palavras, mas também o contexto e a intenção de quem fala. Isso exige preparo técnico e atenção constante para garantir que a mensagem chegue de forma clara à comunidade surda”, explicou Gustavo.
Tiago ressaltou o impacto social da iniciativa: “A presença da Libras nas sessões é um passo importante para que a comunidade surda se sinta representada e incluída nos espaços públicos”.







