Brasileiros estão entre os principais “Turistas das vacinas” nos EUA

Desde o início da vacinação em massa contra a covid-19 nos Estados Unidos surgiram várias denúncias de que pessoas que não moram no país estariam viajando de outras localidades em busca de doses do imunizante.

De acordo com as informações, o Departamento de Saúde informou que somente na Flórida, apenas em janeiro, cerca de 52 mil vacinados foram registrados como pessoas que viviam “fora da região”, o que pode significar tanto quem mora em outros estados norte-americanos quanto turistas de outros países.

Mas isso aconteceu em todos os estados. Estima-se que cerca de 25% das doses alocadas para a cidade de New York foram administradas em não residentes.

As autoridades destacaram nesta semana a preocupação em conter o que elas chamam de “Turismo da Vacina”. Para isso, a Flórida, Califórnia, New York e Texas passaram a exigir comprovantes de residência local para quem busca a vacinação, e a tendência é que outros estados adotem medidas semelhantes.

Ainda assim, a grande maioria da população com mais de 65 anos continua sendo atendida normalmente, mesmo sem apresentar esses documentos, já que para grande parte da comunidade médica a vacinação deve atender a todos, independentemente de onde residam ou de seus status imigratório. Além disso, as próprias autoridades sanitárias americanas reconhecem que não há como verificar a validade dos comprovantes apresentados devido ao número limitado de funcionários e ao tempo que isso levaria.

Ainda de acordo com os registros, existem muitos estrangeiros que não moram no país, mas possuem imóveis registrados nele, e, portanto, declaram-se como residentes para “driblar” as autoridades. Muitos brasileiros têm conseguido se vacinar nos EUA dessa forma, de acordo com o advogado Felipe Alexandre, que também é fundador da AG Immigration, escritório norte-americano que tem auxiliado centenas de brasileiros com seus processos de imigração para os Estados Unidos.

Os dados mostram que Brasil, juntamente com o México, são os países que mais têm movimentado o turismo de vacinas nos EUA. Os brasileiros interessados nas vacinas, em geral pessoas com maior recurso financeiro, têm viajado inicialmente para países que não sofrem com as mesmas restrições do Brasil.

Outra vantagem que atraiu esses turistas é que determinadas vacinas também já estão disponíveis em grandes supermercados e farmácias como Walmart, Walgreens, CVS e Publix, com horário marcado para quem pertencer aos grupos prioritários, sem que seja exigida comprovação de residência local.

Embora de fato muitos estrangeiros tenham conseguido, o “turismo das vacinas” é uma prática arriscada e que deve ser cada vez mais combatida nos próximos meses. Não há unanimidade quanto aos procedimentos e cada local tem suas próprias regras. Além disso, existe um debate moral e ético que deve ser considerado na hora de buscar a imunização na frente de pessoas que de fato precisam ser tratadas como prioridade. (Com informações do Diário do Turismo)

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