A princípio o incêndio teria começado na noite dessa segunda-feira (4) e perdurado durante toda a madrugada
Por volta das 23h30 dessa segunda-feira (4), o Corpo de Bombeiros foi acionado para combater a um incêndio no Mercado Municipal. De acordo com os bombeiros, o fogo poderia ter se alastrado para os outros estabelecimentos se não tivesse sido contido a tempo. Além da agilidade no atendimento à ocorrência, os bombeiros também acreditam que o ponto onde fica a loja afetada facilitou o trabalho da equipe.


“O chamado foi via 193, que é o nosso número mais conhecido pela população. Até mesmo pela proximidade do quartel, nosso tempo de resposta foi bem baixo. Difícil. Mas um fator que dificultou bastante foi a visibilidade. Havia muita fumaça no ambiente, só melhorou a visibilidade depois que nós conseguimos fazer uma abertura na parede lateral da edificação para a saída dos gases. Assim sendo tivemos uma condição de visibilidade melhor para progredir com o combate”, relata o capitão Magno Eloísio, do Corpo de Bombeiros.
O capitão Magno Eloísio, do Corpo de Bombeiros, explica como foi o trabalho de acesso e combate ao incêndio. Confira:
Além disso, o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, Luciano Barbosa, ressaltou que o Mercado Municipal segue funcionando por meio de liminar, não atendendo aos critérios de segurança recomendados pelo Corpo de de Bombeiros.
“Eu sou valadarense e amo o Mercado Municipal. Mas eu quero vir no Mercado Municipal em um ambiente seguro, que não tenha um risco como agora neste incêndio. Então quando nós exigimos o AVCB [Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros], é porque nós exigimos que o local esteja adequado às normas, para que a segurança das pessoas seja prioridade. O mercado é uma única edificação. Não há uma separação de risco entre as lojas. O Mercado não pode continuar sendo um lugar inseguro. Ou seja, este incêndio mostra que ele não está seguro“, adverte o tenente-coronel.
Defesa Civil
O coordenador da Defesa Civil, Adélcio Ferreira, também esteve no local do incidente. De acordo com Ferreira, o próximo passo será a realização de novas vistorias, na presença de um engenheiro. A Prefeitura informou, por meio de nota, que a equipe da Defesa Civil interditou a loja, que foi a única atingida pelas chamas. Conforme a nota, as novas vistorias deverão avaliar os possíveis danos às estruturas e, então, liberar o local para os proprietários retirarem o material incendiado e darem início às obras estruturantes.

Então diante do ocorrido e do alerta comunicado pelos bombeiros militares, o presidente da Associação dos Comerciantes do Centro Comercial Mercado, Willer Portela, pede aos lojistas instalados no Mercado Municipal que busquem se adequar às normas de segurança. “Agora é a gente pedir aos lojistas que estão irregulares, para regularizar o mais rápido possível, porque isso é benéfico a todos nós. Não é só para nós, lojistas, mas também para todos os usuários. Mas graças a Deus foi num horário em que não tinha ninguém dentro da loja ou pelos corredores“, reforçou Portela.

Prejuízo
Ainda de acordo com o presidente da Associação dos Comerciantes, o prejuízo que o incêndio causou à Dona Maria das Graças, proprietária do estabelecimento, não poderá ser ressarcido.
“Infelizmente, a associação não tem fundos para isso. A associação, hoje, vive simplesmente da receita de contribuição do condomínio, que alguns lojistas contribuem. Mas boa parte, neste momento, não contribui com esse condomínio. É até triste a gente falar isso. Neste momento, a gente vai ser solidário, procurar uma forma de amenizar um pouco o prejuízo, fazer uma comoção de mais lojistas e ver o que a gente pode arrecadar para poder ajudar. Porque se não fizermos dessa forma, dificilmente esta senhora vai conseguir se reabilitar. O prejuízo é muito grande”, disse Willer Portela.
Já Dona Maria das Graças, ainda se dizia desacreditada da cena que presenciou. “Ontem foi ótimo. Tudo direitinho. Eu e minha funcionária fechamos a loja. Não tinha nada de anormal. Nada. Não dá para saber o que é, se é uma coisa de eletricidade, se é alguém que jogou alguma coisa, ninguém sabe. Trinta e cinco anos [de comércio] jogados fora. Só Deus”, lamenta a proprietária da loja.
