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Biden mantém política de “deportação rápida” usada por Trump

O governo Biden anunciou na segunda-feira, dia 26, que começaria a remover rapidamente as famílias que as autoridades de imigração determinarem que não se qualificam para receber asilo, após uma triagem inicial.

A política, conhecida como deportação acelerada, é um retorno a uma medida que tem sido usada pelos governos democrata e republicano para impedir a imigração ilegal. Os oficiais de asilo entrevistam famílias em um processo de triagem rápido para determinar se elas têm um “medo crível de perseguição”.

A administração Biden tem lutado para lidar com um grande aumento de imigrantes que atravessam a fronteira ilegalmente e mostra não dá indícios de que vai diminuir. “A deportação acelerada fornece um procedimento legal e mais rápido para remover as unidades familiares que não têm argumento para estar nos Estados Unidos”, disse o Departamento de Segurança Interna em um comunicado.

Sob uma ordem de emergência emitida pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, sigla em inglês) durante a pandemia do coronavírus, o governo Biden tem autoridade para expulsar para o México qualquer imigrante que atravesse a fronteira sem autorização.

Mas o governo de alguns estados fronteiriços mexicanos se recusou a aceitar famílias com filhos pequenos ou que tenham viajado de países fora da América Central, como Brasil, Equador, Índia e Venezuela.

Nos últimos meses, contrabandistas humanos encaminharam dezenas de milhares de famílias imigrantes para o Vale do Rio Grande, no Texas, e para partes do Arizona e da Califórnia – lugares onde eles sabem que as famílias serão admitidas -, porque estados mexicanos como Tamaulipas e Baja Califórnia não as estão aceitando de volta.

Detalhes sobre como a deportação acelerada será realizada não foram disponibilizados ainda, mas poderiam ser aplicadas a certos grupos de famílias, dependendo do país de origem e idade das crianças, ou em apenas alguns trechos da fronteira.

O anúncio feito na segunda-feira atraiu uma forte repreensão de grupos de defesa dos imigrantes. “Colocar famílias desesperadas em um processo de asilo acelerado negaria a elas as proteções mais básicas e dificilmente isso pode ser chamado de humanitário”, disse Lee Gelernt, advogado da American Civil Liberties Union (ACLU), que processou o governo para encerrar o uso da “deportação de emergência”, conhecido como Título 42.

Mas o processo está estagnado enquanto os lados negociam, de acordo com Gelernt.

Em uma tentativa de limitar a disseminação do coronavírus, o Título 42 permite que os Estados Unidos enviem imediatamente os imigrantes de volta à fronteira, mesmo que desejem fazer um pedido de asilo. Esta foi a principal política de fronteira usada na era Trump que o governo Biden manteve, embora o atual governo tenha isentado todos os menores que viajam sozinhos. (Brazilian Times)

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