Ansiedade e depressão

por Eduardo Lima
eduardolima@drd.com.br

A psicóloga Érica Lopes chama a atenção sobre a prevenção das doenças mentais na Campanha Janeiro Branco – FOTO: Eduardo Lima

Provavelmente você já conhece ou já ouviu falar sobre alguém que enfrentou a depressão. Uma doença grave que começa quase sempre de forma silenciosa. Segundo dados atualizados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a quantidade de casos cresceram 18% no mundo nos últimos 10 anos. A maioria dos casos podem ser tratados com medicação e psicoterapia. O maior problema é o agravamento da doença, que pode levar a pessoa portadora ao suicídio.

No geral, alguns sintomas merecem atenção: sentir medo ou receio, em excesso, de situações que ainda não aconteceram, alterações do sono, tensão muscular, baixa autoestima, inquietações constantes e comportamentos compulsivos. O ideal, em casos assim, é buscar ajuda de um psicoterapeuta. O psicólogo também auxilia sobre o estado físico e emocional do paciente. A psicóloga Érica Lopes chama a atenção sobre a prevenção das doenças mentais, que, na maioria das vezes, são ignoradas no início dos sintomas. “O maior problema é quando as pessoas ignoram os primeiros sintomas ou se automedicam. Qualquer comportamento diferente é recomendável procurar ajuda psicológica”, alerta.

Campanha Janeiro Branco 2020

O primeiro mês do ano é marcado pela Campanha Janeiro Branco, que tem como principal objetivo discutir a saúde mental. A campanha foi criada no Brasil em janeiro de 2014, com o intuito de valorizar o bem-estar psíquico e incentivar a adoção de uma postura mais positiva em relação à vida. O tema deste ano da campanha é “Precisamos falar sobre saúde mental”. Segundo a psicóloga, a campanha é focada na prevenção de doenças mentais. “Quando se fala em Janeiro Branco as pessoas só pensam na depressão. O foco da campanha não é na doença, mas, sim, na saúde mental da pessoa. Manter a saúde mental e se organizar evitam muitas enfermidades neurológicas. Se a pessoa se exercita para se manter em forma o mesmo deve ser feito com a mente. Com a saúde mental saudável todo o corpo vai funcionar bem”, explicou Érica.

“É preciso voltar a nossa atenção
com a
prevenção. Não prevenir e deixar
a doença
de lado pode piorar ainda
mais a situação no futuro”.


Ajudar a quem precisa

Para oferecer apoio emocional aos que precisam, o Centro de Valorização da Vida (CVV) auxilia pessoas que precisam de apoio para enfrentar a depressão e ansiedade, através do disque 188. 

De acordo com o voluntário do CVV em Valadares, Ronaldo Loyola, em 2019 foram mais de 10 mil atendimentos feitos pelo CVV do 188. “No Brasil tem 120 postos e 4.000 voluntários que atenderam em 2019, 4 milhões de ligações. Em Governador Valadares estamos atendendo desde março de 2017. Temos hoje 27 voluntários que atendem 850 ligações por mês”, explicou.

Segundo Ronaldo, dezembro é o mês em que o número de ligações aumentam no CVV. “Em períodos de festas, algumas pessoas se sentem ainda mais solitárias, sem perspectivas ou angustiadas”, ressaltou. Apesar da alta procura, Ronaldo diz que muitas pessoas são ajudadas através do CVV. “Nosso atendimento é preventivo, sigiloso e individual. Não damos conselho e jamais orientamos as pessoas a tomarem remédios. Nosso papel é ouvir a pessoa com total atenção. A pessoa em situação de suicídio muitas vezes está no fundo do poço e precisa apenas desabafar. Nossos voluntários são treinados para ouvir essas pessoas”, disse. O CVV em Valadares fica na rua Osvaldo Cruz, n° 21, Centro. Quem desejar atendimento pode ligar no 188, sem custo adicional . O CVV funciona todos os dias da semana, das 15 às 23 horas.

 

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