TALYTA VESPA E THIAGO ARANTES
SÃO PAULO, SP, E BARCELONA, ESPANHA (UOL/FOLHAPRESS) – A advogada da mulher que acusa Daniel Alves de agressão sexual formalizou à Justiça o pedido de 12 anos de prisão ao jogador, em caso de condenação.
O pedido foi enviado à Justiça Espanhola nesta terça-feira (5). Doze anos é a pena máxima para crimes de estupro no país.
Agora, a defesa de Daniel Alves tem cinco dias úteis para apresentar um documento final à Audiência de Barcelona.
Com toda a documentação em mãos, a corte definirá uma data para o julgamento, que deve acontecer nos primeiros meses de 2024, como apurou o UOL com fontes jurídicas ligadas ao caso.
O pedido da acusação é encaminhado ao tribunal junto do que recomendou o Ministério Público: nove anos de reclusão.
PENA PODE SER REDUZIDA
Daniel Alves pagou à Justiça R$ 800 mil (150 mil euros) para que, em caso de condenação, a pena máxima seja reduzida pela metade.
A acusação, no entanto, não concorda com o pagamento da multa atenuante, mas é um procedimento legal da Justiça Espanhola; não há como negar.
Outra tentativa da defesa de Daniel Alves, nesta terça-feira (05) comandada por Inés Guardiola e Miraida Puente, foi chegar a um acordo. Sem sucesso. A acusação não aceitou qualquer acordo pela resolução do caso antes do julgamento.
Foram quatro pedidos de liberdade por parte da defesa, todos negados pela Justiça Espanhola.
RELEMBRE O CASO
Daniel Alves está em prisão provisória na penitenciária de Brians 2 desde janeiro de 2023, acusado de agressão sexual contra uma mulher, então com 23 anos, em uma discoteca de Barcelona.
Em entrevista ao UOL, a advogada da mulher, Ester Garcia Lopez, disse que a denunciante descarta receber indenização: “Quero prisão, não dinheiro”.
O UOL teve acesso ao laudo psicológico feito na mulher que acusa Daniel Alves. O documento aponta que ela apresenta um “transtorno pós-traumático elevado”.