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Abril tem a segunda maior queda do ano na abertura de pequenos negócios em MG

Estado registra redução de 13% na criação de MEI, micro e pequenas empresas em abril e de 3% no acumulado do ano 

O número de pequenos negócios abertos em Minas Gerais caiu 13% em abril, comparado ao mesmo mês do ano passado. É o segundo pior resultado do ano, com pouco mais de 19 mil empresas do segmento (MEI, ME e EPP) abertas no estado, de acordo com o levantamento realizado pelo Sebrae Minas. De janeiro a abril houve uma queda de 3,24% na abertura de pequenos negócios, totalizando em torno de 111 mil CNPJ criados nos quatro primeiros meses de 2021. 

A queda mais expressiva foi entre os microempreendedores individuais (MEI). Em abril, a retração no registro de novos MEI foi de 16% em relação ao mesmo mês de 2020. No acumulado do ano, a queda é de quase 6% em relação ao mesmo período do ano passado. “Apesar dessa redução, o MEI representa 81% dos pequenos negócios abertos em Minas Gerais este ano, o que demonstra uma expressividade crescente da categoria”, destaca Rafael Cunha, analista da Unidade de Inteligência Empresarial do Sebrae Minas. As microempresas (ME) estão em segundo lugar (16%), seguidas pelas empresas de pequeno porte (EPP). 

Em sentido oposto, a abertura de ME e EPP vem se mantendo positiva ao longo do ano. As EPP registraram um crescimento mais expressivo em abril (15%) e no balanço do primeiro quadrimestre (23%). As ME tiveram um crescimento de 8% em abril e de 10% no acumulado do ano. “O que estamos vendo nesses primeiros quatro meses é um leve movimento de expansão dos negócios de micro e pequeno porte. As MPE e as EPP estão retomando a atividade econômica nos novos moldes e adaptações diante da pandemia, embora de forma ainda muito tímida para alterar a representatividade do segmento entre os pequenos negócios do estado”, lembra Cunha. 

O MEI corresponde a 63% dos pequenos negócios mineiros e a categoria vem crescendo ano a ano. O analista lembra que o MEI é uma porta de entrada para quem decide empreender e há uma tendência de aumento de registros nesta categoria em cenários de crise econômica, até por conta do desemprego e da queda da atividade empresarial. “Grande parte dos que decidem empreender como MEI ainda fazem essa opção por necessidade, em função da crise econômica e da dificuldade de recolocação no mercado de trabalho”, explica o analista do Sebrae Minas. 

Negócios encerrados 

Cerca de 6, 8 mil pequenos negócios encerraram as atividades em Minas Gerais no mês de abril.  Houve uma queda de aproximadamente 15% em relação aos mesmos meses de 2020 e de 2019. O maior percentual de queda no número de CNPJ encerrados foi entre as ME (-30%), seguido pelas EPP (-22%) e pelo MEI (-8%).  

De janeiro a abril houve uma queda em torno de 14% no número de pequenos negócios fechados, totalizando 38 mil CNPJ encerrados. As ME registraram o maior percentual de encerramento (-26%), seguidas pelas EPP (-24%) e os MEI (-8%).  

“Essa queda no número de ME e EPP encerradas demonstra que as empresas que conseguiram se manter no mercado estão se consolidando, o que é positivo, já que esse segmento tem maior potencial de geração de empregos e receita”, avalia Cunha. 

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