Ministro Nelson Teich (Saúde) sobre a necessidade de flexibilização do isolamento
Centrão equilibra jogadas de Maia contra o governo
Agora que o “centrão” entrou em campo, o jogo vai ser diferente. O grupo reúne 351 deputados e ganhou nova denominação, “blocão”, e fez sua estreia nessa quarta (22), no apoio explícito ao governo.O grupo tem voto para aprovar e rejeitar qualquer projeto, até emendas constitucionais. Seu apoio pode garantir a tranquilidade que o governo nunca teve. Mas, em política,como na vida, ajoelhou, tem que rezar: Bolsonaro pediu ao PP para indicar o novo presidente do ambicionado FNDE, órgão do MEC.
Sonho de consumo
Com orçamento de R$ 60 bilhões, o FNDE é o sonho de consumo dos políticos: financia escolas, creches, merenda escolar, livro didático etc.
Dupla autoria
O titular do FNDE será indicado pelo presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), e pelo líder do partido, deputado Arthur Lira (AL).
Recado direto
A escolha do FNDE para o PP estrear no governo não é casual: o órgão era feudo de Rodrigo Maia até seu protegido ser demitido em dezembro.
Ciscando para dentro
Além das conversas com o PP, há dez dias, o presidente se entende com o MDB e até o DEM, chamado de “traíra” por muitos bolsonaristas.
General na Saúde vai apurar compras de Mandetta
O general Eduardo Pazuello na secretaria executiva do Ministério da Saúde, dá tranquilidade ao ministro Nelson Teich e sinaliza a orientação do presidente Jair Bolsonaro de averiguar, com discrição e rapidez, supostas denúncias sobre contratos e compras da gestão de Luiz Henrique Mandetta. Seu estratégico Departamento de Logística (DLOG), por exemplo, revelou incapacidade de fazer compras devidas para combate à Covid-19 e curiosa destreza na relação com fornecedores.
Estranha sugestão
Há denúncia de que o DLOG sugeria a fornecedores que procurassem financiar suas operações em bancos específicos, tipo BTG Pactual.
Adjunto-problema
Aliados contaram ao Planalto peripécias atribuídas a Nano Jurgielewicz, um adjunto que Mandetta levou do Mato Grosso do Sul para o ministério.
Ministro blindado
O general ajudará Teich a se familiarizar com a máquina do ministério e blindar o ministro do “ataque especulativo” de lobistas e assemelhados.
Decisão histórica
Liminar do TRF-1 feriu de morte o vergonhoso cartório: as distribuidoras cancelaram contratos de compra de etanol e fez Agência Nacional do Petróleo (ANP) proibir usinas de venderem o produto direto aos postos. Ontem o desembargador federal Jirair Meguerian desfez o absurdo.
Pronto para flexibilizar
Sociedade Brasileira de Infectologia considera que a flexibilização do isolamento é aceitável em cidades onde não tenham sido ocupados 50% dos leitos hospitalares e de UTI. No Distrito Federal, a ocupação é de 5%.
Ministra forte
Não dão sossego à ministra Tereza Cristina (Agricultura).Além das tentativas de desestabilização do secretário de Assuntos Fundiários, partidos que têm conversado com o presidente Bolsonaro estão de olho no seu cargo. Mas a ministra continua na categoria dos “imexíveis”.
Gastos sem quarentena
Caiu em março, após o início da quarentena, o volume de “ressarcimento de despesas” de deputados federais. Mesmo em casa, suas excelências espetam despesas para o contribuinte pagar: R$ 8,5 milhões.
Dados importantes
O resultado das ações adotadas pelo governo para minimizar o impacto da pandemia na economia, incluindo coronavoucher, ganhou números. De acordo com o Dataprev, 1,7 milhão de empregos foram mantidos.
Futuro é a gaveta
Conselho Nacional do Ministério Público empurrou para o âmbito regional a investigação do promotor Marcelo Lessa, do Rio, que propôs fazer um cadastro de pessoas que têm opinião contrária ao isolamento, a fim de que venham a ser preteridas no tratamento, caso contraiam coronavírus.
Olho no pé-de-meia
Relatório do Tribunal Superior Eleitoral diz ser “viável” eleição municipal este ano, até em razão das urnas eletrônicas”. Mas a turma está de olho mesmo é no caminhão de gratificações que toda eleição garante.
Os repatriados
Já foram repatriados mais de 3.500 brasileiros em 14 voos fretados, e 2.400 repatriados em 30 ônibus. No total, mais de 15 mil voltaram ao Brasil com ajuda de embaixadas e consulados.
Pensando bem…
…“autogolpe” entrou para as fantasias midiáticas.
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