Em decorrência da quantidade de lama em vários bairros de Governador Valadares, causada pelas enchentes provocadas pelas fortes chuvas no Estado, o presidente da Associação dos Advogados de Governador Valadares (AADVOG), Aloísio Padilha, e o advogado Mauro Bomfim estão movendo uma ação na Justiça contra as empresas Vale e Samarco. Eles entendem que a lama que invadiu os bairros da cidade é consequência do rompimento da barragem de Fundão, que ocorreu em novembro de 2015, em Bento Rodrigues, distrito de Mariana, já que o rio Doce foi um dos atingidos pelo desastre ambiental.
Segundo Padilha, além da lama, o rio está comprovadamente contaminado com minério, por isso, contribuiu para a aceleração da correnteza do rio.
“Só para se ter uma ideia, na última enchente [2012], determinadas ruas do bairro Ilha dos Araújos, para serem atingidas, precisavam que o nível do rio Doce chegasse a 4,10 m. Desta vez, com 3,20 m, a maioria das ruas da Ilha já tinham água, por causa da aceleração [do rio Doce], gerada pela lama.”
Presidente da AADVOG, Aloísio Padilha.
O pedido dos advogados é que tanto Vale quanto Samarco disponibilizem uma força-tarefa para ajudar na remoção da lama nas ruas da cidade, uma vez que se passou uma semana desde a normalização do nível do rio, e nem 10% da lama foi retirada.
As consequências desta lama já são visíveis, pois, com o fluxo de automóveis pela cidade, a lama tem levantado poeira, deixando a população em risco.
O prefeito André Merlo (PSDB) já decretou situação de Calamidade Pública, que foi reconhecido pelo governador Romeu Zema (Novo) e pelo Ministério do Desenvolvimento Regional.
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