TEÓFILO OTONI – A Polícia Civil indiciou um homem de 54 anos por diversos crimes cometidos contra sua companheira, sete filhos e sogra ao longo de mais de duas décadas. A investigação, conduzida pela Delegacia Regional de Polícia Civil em Teófilo Otoni, revelou uma série de abusos ocorridos na zona rural de Novo Oriente de Minas, no Vale do Mucuri. O caso veio à tona após uma denúncia feita por uma das filhas do casal. As informações sobre a investigação e prisão preventiva do homem de 54 anos foram divulgadas nessa segunda-feira (7) pela Polícia Civil.
Crimes investigados
De acordo com a delegada Hérika Ribeiro Sena, o suspeito foi indiciado por cárcere privado, estupro de vulnerável, violência psicológica, aborto e ocultação de cadáver. A companheira do homem foi mantida em cárcere privado durante praticamente todo o relacionamento, saindo de casa apenas para receber benefícios, muitas vezes acompanhada pelo suspeito. Nenhum vizinho conhecia a mulher, e nem mesmo os parentes tinham acesso a ela.
Além disso, a vítima foi forçada a realizar três abortos, sendo que um dos fetos já estava com oito meses de gestação. Pelas investigações da Polícia Civil, há indícios que os fetos foram enterrados no quintal da casa, onde foi encontrada uma roupinha de bebê, reforçando os depoimentos das vítimas.
Abusos contra as filhas e sogra
As investigações também apontaram que o homem praticava atos libidinosos com as filhas. O suspeito chegou a furar paredes da casa para espiar as meninas enquanto se vestiam e tomavam banho. A sogra do suspeito, já falecida, também foi vítima de violência sexual. Segundo a delegada, a mulher teve uma doença e, sem receber assistência médica, veio a falecer.
Prisão e desdobramentos
O homem, que nega todas as acusações, foi preso preventivamente e está no sistema prisional. A esposa e os filhos menores foram levados para outro estado, onde estão em segurança.
A Polícia Civil reforça a importância de denunciar casos de violência doméstica e familiar contra a mulher. As denúncias podem ser feitas diretamente nas delegacias, pelo Disque 180 ou 181, ou ainda pela Delegacia Virtual, nos casos de ameaça, lesão corporal e descumprimento de medidas protetivas.
“É muito importante o que essa filha fez: trazer a público o que estava acontecendo para providências”, destacou a delegada Hérika Sena.
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Prisão perpétua nesse vagabundo.