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‘Nos últimos tempos as unidades de saúde pública do município foram sucateadas’

FOTO: Fred Seixas

Coronel Sandro, candidato do PL, ao lado de Mourão, faz críticas e propõe mudanças na saúde de Governador Valadares

Com as eleições municipais se aproximando, é chegada a hora de os eleitores de Governador Valadares conhecerem mais a fundo as propostas dos candidatos à Prefeitura. Em um momento crucial para o futuro da cidade, quatro nomes estão na disputa, cada um trazendo suas visões e projetos para a administração municipal no período de 2025 a 2028. Para ajudar você eleitor, o Diário do Rio Doce apresenta uma série de entrevistas com os candidatos, que serão publicadas semanalmente. A ordem das entrevistas seguirá a ordem alfabética dos nomes de registro de campanha dos candidatos. Na 1ª entrevista da série, o candidato a prefeito Coronel Sandro (PL-22) destaca as principais propostas do plano de governo.

Perfil: Sandro Lúcio Fonseca, de 60 anos, é militar reformado e atualmente ocupa uma cadeira como deputado estadual na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Nasceu em Galileia, mas iniciou a carreira na Polícia Militar em Teófilo Otoni. Em 2004, assumiu o comando do batalhão em Teófilo Otoni. Em 2007, foi transferido para Governador Valadares e tornou-se coronel em 2009. Além da carreira militar, o deputado assumiu a diretoria executiva da Univale (Universidade Vale do Rio Doce). Coronel Sandro entrou para a política em 2018, quando assumiu o primeiro mandato como deputado estadual, sendo reeleito em 2022.

Igor França: Como você pretende garantir a qualidade da infraestrutura das escolas municipais, e quais serão as principais áreas de investimento?

Coronel Sandro: Olha, o ambiente escolar, ele tem que, além de atender às necessidades educacionais dos estudantes, dos alunos, ele tem que ter também aquele aspecto lúdico e o aspecto da segurança. Então quando nós falamos do investimento, nós vamos focar nessas três partes. Ele vai atender à necessidade da educação, então você tem que ter salas bem adequadas, iluminadas, todas as condições para os professores, para os alunos, as carteiras, tudo adequado. Um ambiente que seja agradável para se viver lá dentro, porque em muitos deles as crianças ficarão de forma integral os dois períodos, de manhã e tarde. E tem que atender o aspecto da segurança, porque nós não podemos permitir que pessoas estranhas ao ambiente escolar adentrem à escola, seja para qualquer fim, principalmente se tiver com o interesse, se tiver de má fé pra agredir alguém, pra levar drogas lá pra dentro. Então nós vamos priorizar esses investimentos pra garantir que as crianças em sala de aula, naquilo que é competência da Prefeitura, do Poder Público Municipal, estejam protegidas, resguardadas e com condições pra aprender, porque a gente extrai o máximo de eficiência nessa relação em símbolo e aprendizagem.

Igor França: Como será implementado o programa de educação em tempo integral?

Coronel Sandro: A ideia é, nós temos muitos pais e mães, eles trabalham e não tem onde deixar. As crianças precisam da creche. Então nós vamos ter no meu governo creches em quantidade e qualidade suficiente pra atender todas as necessidades desses pais e dessas mães, dessas crianças em Governador Valadares. E me chega muitas reclamações de que hoje as creches estão encerrando as atividades às 15h e isso gera um transtorno pro papai e pra mamãe, porque um deles, ou às vezes é só um mesmo, ele tem que sair do trabalho e ir na creche pra buscar o seu filho. E às vezes não é possível, pode até acontecer caso de que ele perca o emprego, que dificulta a relação de emprego de lá. Então, a nossa proposta é estender o horário até as 18h, ou mais um pouco se for necessário, pra coincidir o horário em que o pai e a mãe deixam o trabalho, passa na creche e pega a criança. Isso é fundamental que aconteça e vai acontecer conosco.

Igor França: Quais são as principais mudanças propostas no plano de mobilidade urbana para melhorar o transporte público e a acessibilidade na cidade?

Coronel Sandro: Olha, a maioria, todas as cidades, de maneira geral, que têm um serviço de transporte coletivo que precisa disso, são as cidades maiores, é o caso do Governador Valadares. Elas são cidades que muitas têm mais de 100 anos ou 70 anos, é o caso de Valadares, cidade antiga. Então, as cidades antigas, elas foram construídas naquele momento e projetadas para um determinado número de veículos, tem umas mais antigas ainda que os veículos eram no passado a tração animal, eram carroças, charretes, carruagens, e o que veio acontecendo ao longo do tempo é a necessidade e a adaptação, porque foram aumentando o número de veículos, o número de pessoas, e aí você tem que ir adaptando a arquitetura urbana para essa nova realidade. Então, hoje nós temos ruas que dependendo do momento do dia, não comportam o número de veículos que têm, não é uma exclusividade de Governador Valadares, você tem outros momentos que as ruas praticamente estão desertas. A questão é encontrar o equilíbrio adequado para fazer as intervenções e encontrar a melhor solução. A gente vai buscar, e essa é a minha vontade, o meu compromisso com o Valadares, é que nós tenhamos aqui o melhor serviço de transporte coletivo que seja possível. E nós temos outros tipos de transporte também, táxi, moto táxi, Uber.Mas a preocupação maior é com o transporte coletivo, porque essa mobilidade em relação às pessoas que precisam é mais relevante, a grande maioria da população valadarense usa o ônibus, e aí nós temos que fazer as adaptações que são necessárias. Atendendo a todos os interesses ali envolvidos. Se tem interesse de lojistas, do comércio, tem interesse de pessoas que andam a pé, tem interesse de ciclistas. Então, é buscar as melhores referências que a gente tenha no Brasil e no mundo e, com as devidas alterações, adaptar e aproveitar em Governador Valadares. Nós temos que aproveitar as boas experiências, as experiências bem sucedidas e trazer pra cá. Nós estamos num mundo hoje muito tecnológico, em que as informações fluem de forma muito rapidamente e acredito que talvez não seja necessário inventar nada. É só ver os bons modelos que funcionam, adaptar e trazer pra nossa cidade. Mas nós vamos encarar o problema de frente. As pessoas têm que ter ônibus no momento certo, em quantidade, com qualidade, ônibus bem cuidados, limpinhos, pra fazer esse transporte para que todo mundo use o transporte coletivo, o ônibus no seu dia a dia.

Igor França: No seu governo como será a relação com a empresa Mobi responsável pelo transporte público coletivo no município?

Coronel Sandro: Eu vou encarar como encararei toda a relação que a Prefeitura, que o Poder Público Municipal tiver com a empresa com as quais mantém contrato, uma relação institucional. O que está pactuado, está estabelecido em contrato, então não tem dúvida, é preto ou branco. Está escrito, a empresa tem que cumprir a parte dela e a Prefeitura tem que cumprir a sua parte. E como a empresa é uma concessionária, ou seja, o município, permitiu a ela, deu uma concessão para que ela explore esse serviço, sob algumas condições. E aí essas condições nós faremos uma fiscalização muito minuciosa para que a empresa cumpra aquilo que está no contrato. Se a empresa estiver atendendo bem em quantidade, ônibus em número suficiente, a qualidade dos ônibus, nos horários, tudo certinho, ou está ótimo, é o que nós queremos. O que nós queremos evitar? Falta de ônibus em horários que são necessários, ônibus superlotados, ônibus mal cuidados, ônibus com tempo de uso muito elevado. O contrato já estabelece o tempo de uso que o ônibus deve ter para estar em serviço. Então nós vamos verificar todos esses detalhes no melhor interesse da população de Governador Valadares. O que prevalece nessa relação de contrato com a empresa concessionária é o interesse público. E o interesse público pende para as pessoas, para as pessoas que precisam de usar o ônibus.

Igor França: Como sua administração planeja fortalecer os programas de transferência de renda e assistência a famílias em situação de vulnerabilidade?

Coronel Sandro: Tem muita gente pobre em Valadares e muitas delas estão até fora dos sistemas, dos programas estaduais e federais de transferência de renda, sabe? Acho que o recurso não está sendo suficiente. A nossa pretensão é criar também um programa próprio complementar para a gente poder ajudar essas famílias. Eu observei na questão de moradia, andei muito aí por esses bairros periféricos, as pessoas não têm, muitas delas não têm moradias dignas. Então nós teremos que desenvolver também um programa para a gente poder, além de inserir o município na plenitude, por exemplo, nos programas federais e estaduais de moradias, por causa do déficit habitacional ou por causa das condições indignas da moradia que a pessoa tem, nós vamos fazer o nosso próprio programa para complementar e para ajudar esse valadarense que mais precisa. Nós temos sim, temos proposta de requalificar pessoas, temos proposta de criar emprego para atender a questão social.

Igor França: Quais iniciativas serão implementadas para reintegrar pessoas em situação de rua?

Coronel Sandro: O morador de rua, ele tem uma série de problemas, vamos lá, o primeiro deles, uma grande parte tem dependência química, usa algum tipo de droga legal ou ilegal e quando se trata da droga ilegal, aí vem, traz um outro problema que é a questão de criminalidade, porque como eles não trabalham e não têm renda, como é que eles adquirem a droga? Ninguém dá droga gratuitamente, é droga ilegal, ela é vendida, é traficada, então tem tráfico ali. Outra questão que envolve o morador de rua é que grande parte deles foram abandonados pela família e o outro problema é que a sociedade também os abandonou e aí cabe ao poder público, coube ao Poder Público em todas as três esferas, mas o que mais é cobrado é o Poder Público Municipal, no caso é a prefeitura, porque as pessoas estão no município. E aí, há uma gama de legislação e decisões judiciais que permeiam as ações que o Poder Público pode tomar em relação a essas pessoas. Você não pode fazer remoção forçada, você não pode fazer internação forçada, não pode permitir que eles sejam maltratados, enfim, tem uma série de coisas. É um tema muito complexo, nós vamos enfrentar isso de forma multidisciplinar e nós sabemos que eles não poderão ficar abandonados como estão e todos os esforços do meu governo vão ser para que a gente encontre a melhor alternativa e a melhor solução para, se possível, tirá-los das ruas; protege-los e tirá-los das ruas. E aí estão incluídos os aspectos de assistência social, de transferência de renda, para aqueles que tiverem condição de requalificação e treinamento para poder trabalhar, acolhê-los em instalações adequadas do Poder Público para que eles possam residir, possam morar ou até mesmo inseri-los em programas de habitação ou de moradia. É uma situação que exige abordagens sobre vários aspectos e isso nós vamos fazer, nós vamos cuidar deles com carinho, nós vamos dar dignidade para eles.

Igor França: Como você pretende incentivar a economia local? Quais são as propostas para melhorar as condições de empregabilidade e retenção de profissionais em Governador Valadares?

Coronel Sandro: Nós temos que criar e gerar outras alternativas. Aí você tem que envolver os três entes federativos, Governo Federal, Estado e Município. Uma das possibilidades, a atração de novos investimentos em empresas. E aí você tem a possibilidade de ofertar subsídios, incentivos fiscais, oferecer uma acolhida melhor no Distrito Industrial, que nós vamos ampliar. A limitação tributária do município, por ela ser reduzida, às vezes não é muito atrativa; o município tem a oferecer o ISS, redução ou isenção, o IPTU e mais alguns outros benefícios, isenção de algumas taxas, tarifas e tudo. Então essa é uma possibilidade. Nós perdemos oportunidades ao longo da nossa história para nos inserirmos em um processo de industrialização que não aconteceu. Então nós temos que buscar agora um novo caminho nesse momento muito tecnológico da humanidade e fazer com que a gente tenha essas alternativas. Aí nós vamos precisar primeiro melhorar a infraestrutura terrestre aqui das nossas rodovias e estradas de ferro, de acesso do nosso aeroporto. E aí não é competência do município, isso aí é competência do Governo Federal. A gente acredita que uma ação conjunta com o Governo Federal, o Estado, em que ocorra em tempo mais célere, a duplicação da 381, a duplicação da BR-116, eu não diria nem a duplicação da 259, mas uma melhoria, um alargamento das pistas e além de uma continuidade do programa do Pró-Ferrovias, que começou no governo Bolsonaro e agora está parado, porque já tinham algumas empresas já com projetos para a criação de novas ferrovias, uma delas passaria, inclusive, por Governador Valadares, aí nós ampliaríamos a capacidade, a possibilidade de escoamento dos produtos. Porque isso também é um quesito importante, para que a empresa se instale aqui, que ela precise escoar os produtos que ela vai produzir. Então, não é uma tarefa fácil, é uma tarefa que requer o envolvimento de todos aqueles, no âmbito federal, estadual e municipal, para que a gente possa recuperar o tempo perdido, e aí nós vamos gerar muito emprego. Quanto mais empresas que a gente traz para cá, mais empregos são gerados, mais a riqueza aumenta, e é isso que a gente vai buscar, nós vamos trabalhar muito duro para alcançar isso.

Igor França: Quais são seus planos para expandir a cobertura da Atenção Básica (postos de saúde) em Governador Valadares, especialmente nas áreas mais periféricas e carentes? Quais medidas serão adotadas para melhorar a qualidade do atendimento nas UBS e no Hospital Municipal?

Coronel Sandro: A saúde pública em Valadares está na UTI. Nos últimos tempos as unidades de saúde pública do município foram sucateadas. Elas não têm hoje condições de atender à demanda da população que mais precisa do hospital, do posto de saúde, da UBS, porque simplesmente deixaram de investir e deixaram sucatear. Então, sabe, isso atinge principalmente as pessoas que são mais carentes, a maioria, que não tem condição de ter um plano de saúde. A única alternativa dela é o atendimento público. Aí você vai no Hospital Municipal, não tem condição de atender toda a demanda, tem filas lá para atendimento, tem pessoas em macas no corredor, porque não têm leitos suficientes. As pessoas ficam três, seis meses, um ano, dois anos aguardando para fazer exame, aguardando internação para fazer a cirurgia. Isso mostra um descaso da administração pública e um desrespeito com as pessoas que precisam. Pois bem, alegam falta de dinheiro. Eu não concordo. O recurso é suficiente, ele tem que ser empregado com inteligência e tem que ser impedido o desvio do recurso público, isso nós vamos fazer. A nossa proposta inclui uma melhoria completa e uma ampliação dessa rede, que inclui hospitais, clínicas, postos de saúde e UBS, para atender a população carente. Nós vamos descentralizar alguns serviços, principalmente em relação a exames. Nós vamos conveniar o quanto for possível de clínicas, laboratórios, hospitais, ampliar a rede conveniada de atendimento, porque é a nossa vontade, e nós vamos nos esforçar para que isso aconteça. Aliás eu posso até te assegurar, nós vamos zerar filas de consulta, zerar filas de exame, zerar filas de cirurgia. Porque as pessoas estão morrendo porque a cirurgia é retardada. Demora. Não tem como justificar isso. E a gente ressalta ainda que os profissionais de saúde são muito bons. Os médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, todos aqueles que estão lá atendendo as pessoas, eles são bons e esforçados, mas falta condições de trabalho. Então nós vamos redimensionar essa relação que há com as unidades de saúde da iniciativa privada. Não pode ser só uma unidade, só um hospital que receba quase que a maioria do recurso público, não, nós temos outros hospitais, porque se não fica represado o atendimento, quem está sofrendo é quem precisa. E com a ampliação da rede pública, aí sim vamos fazer e atingir a nossa meta que é zerar tudo. Para que se precisar, quando adoecer tenha o atendimento imediato. E vamos dar uma otimização na prevenção, porque aí nós vamos evitar que muitas pessoas tenham que ir para o hospital, com a prevenção elas chegam no máximo até o posto de saúde, aí a gente desafoga a rede.

Igor França: Como sua administração pretende apoiar as manifestações culturais locais e ampliar o acesso à cultura para todos os cidadãos?

Coronel Sandro: Nós deixamos um aspecto muito, um pouco genérico, em decorrência do fato de que a gente está estudando a possibilidade de criar um programa próprio de cultura também, cultura e entretenimento. Porque hoje os municípios simplesmente só desdobram as políticas do Governo Federal e do Governo Estadual, com as diversas leis de incentivo, caso de lei Rouanet, lei Paulo Gustavo e outras que tem pra ele, lei de incentivo à cultura de Minas Gerais. E muitas as vezes essas leis de incentivo, elas não chegam à maioria daqueles artistas que precisam dela, que são os artistas iniciantes, os artistas locais e há uma reclamação em relação a isso. Então a nossa proposta mais detalhada, ela prevê a criação desse programa próprio também de cultura com recursos próprios, prioritariamente para atender o artista local. Aí sim, nós vamos dinamizar essa área de entretenimento em Governador Valadares para que a gente possa absorver aqueles que precisam e não têm chance e também ajudar a revelar novos valores, quem sabe, para o Brasil e até para o mundo.

Igor França:  De que forma você pretende envolver a população na tomada de decisões importantes para a cidade?

Coronel Sandro: A primeira coisa é permitir que a população tenha acesso à prefeitura municipal, já começa por isso. Hoje ninguém entra naquele trem lá, parece um bunker. Para falar com o prefeito, você tem que marcar a hora, com antecedência; acho que é mais fácil falar com o presidente da República ou governador do que com o prefeito aqui. Então nós vamos cortar isso, é uma prefeitura de portas abertas. Agora o mecanismo da participação popular, aí tem várias formas de a gente fazer isso. Nós temos e vamos identificar qual a melhor forma da população participar. Então, por exemplo, nós vamos diagnosticar todos os problemas que a gente tem em diversas áreas: área da saúde, infraestrutura, da educação, da cultura, do turismo, esportes, enfim, mapeamos e identificamos. Então nós sabemos lá, exemplificativamente, no bairro Santa Rita, nós temos esses e esses problemas, no bairro tal temos esse. Dentro desses problemas identificados de acordo com o orçamento disponível, nós vamos definir o que pode ser feito no ano. E aí nós priorizamos. Nós vamos atender pra esse ano, nosso recurso está aqui no orçamento, dá pra fazer isso nessa área, nessa e nessa que é prioritária. Então perfeito. Vamos lá no bairro Santa Terezinha, tem aquela área prioritária que tem lá pra fazer, tem duas ou três demandas lá que estão dentro da prioridade definida. Aí nós vamos nos reunir lá com a população do Santa Terezinha. Falou, nós identificamos isso aqui. A gente pode se reunir através da associação de bairros ou através de audiências públicas que a gente convoca. O certo é que o mecanismo pra gente ouvir a população existe. Nós só vamos ver qual é o melhor pra gente identificar junto com a população. A população vai apontar e aí a gente vai realizar. E assim nós vamos resolvendo os problemas, atacando as primeiras prioridades apresentadas por cada região, por cada bairro.

Igor França: Qual é a sua análise sobre o atual momento dos grupos políticos que se identificam com o posicionamento conservador, de direita?

Coronel Sandro: Não há divisão da direita em Governador Valadares. A direita em Governador Valadares, os conservadores em Governador Valadares, hoje estão alinhados ao PL. O PL é o partido do maior líder de direita que o país tem no momento e o nome dele é Bolsonaro, ex-presidente da República. E o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, apoia o Coronel Sandro do PL para prefeito de Governador Valadares. O presidente Bolsonaro, como esse grande líder que ele é, é um grande transferidor de votos. Ele é o principal cabo eleitoral nessa eleição para nós de direita, nós conservadores. E muitas pessoas que têm simpatia por ele, são de centro, elas, na política, sem nunca ter levantado a voz para defendê-lo ou apoiá-lo em quaisquer circunstâncias, às vezes elas querem se aproveitar desse potencial de transferência de voto do presidente. A gente lida com isso no Brasil inteiro, em Governador Valadares não é diferente. Então só para esclarecer bem esse ponto, só há uma direita em Governador Valadares, só há um grupo de conservadores em Governador Valadares. Eles estão no PL, que é o maior partido de direita do país, o meu partido, o partido do Mourão, meu vice, e o partido do presidente Bolsonaro.Além também de ser o partido do Nicolas Ferreira, que me apoia para prefeito, também do general Braga Neto, que foi candidato a vice-presidente na chapa do Bolsonaro, que também me apoia. Enfim, então todos nós da direita estamos reunidos em torno do PL nesta eleição em Governador Valadares para vencer.

Igor França: Qual a sua relação com a cidade de Governador Valadares?

Coronel Sandro: Governador Valadares faz parte da minha vida desde o início da década de 1980, quando minha mãe mudou-se para cá, porque ela foi trabalhar na Superintendência de Ensino, ela é professora. E desde então, mesmo tendo saído para estudar fora, buscar novas oportunidades, nunca esse laço foi quebrado. Eu me casei aqui em Governador Valadares, comandei unidades da Polícia Militar aqui em Governador Valadares, ainda moro em Governador Valadares, tenho residência em outros lugares também por força do trabalho da minha atuação política. E Governador Valadares, uma das cidades mais importantes na minha vida, a minha mulher, Valéria, é daqui, um dos meus filhos é daqui, então eu me sinto muito à vontade em Governador Valadares, principalmente nas ruas, com o reconhecimento das pessoas. É por isso que a minha vontade é retribuir e devolver esse carinho todo. Essa é a cidade do meu coração, Governador Valadares.

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