Ao destacar que as queimadas na Floresta Amazônica acontecem por ação humana, o aviador e garimpeiro José Altino Machado defendeu a realização de ações educativas para que possa haver um equilíbrio entre a preservação ambiental e a atividade produtiva nos estados que integram a Amazônia Legal. Valadarense, José Altino frequenta a região amazônica há praticamente quatro décadas.
“O que pode preservar ou destruir qualquer coisa no planeta é a ação do homem. Se é a ação do homem, é com a comunidade que ocupa a Amazônia que nós temos que trabalhar. Mas não é proibindo, é educando. É mostrando como fazer e educando, principalmente”, disse Machado.
Ele afirma que o uso de queimadas na produção agropecuária é comum, e mesmo indígenas teriam esse costume. Na opinião de José Altino, o número atual de queimadas, para renovação de pastagem ou plantio, é inferior ao que já foi praticado em outros momentos.
“Esse modelo de derrubar e fazer queimada para limpar o terreno para a agricultura ou pastagem, isso nós aprendemos com os índios. Os índios praticam esse hábito, mas eles são em agrupamentos menores, e isso se nota pouco. Já se queimou muito mais, na década de 80. A Floresta Amazônica não pega fogo, nem que se queira botar, porque a floresta é úmida”, afirmou.
Machado considera importante a modernização da atividade agrícola na região amazônica. “Acho que nós teríamos que modernizar o desmate e as frentes agrícolas. E se alguém for contrário à abertura de novas frentes agrícolas, acho melhor aconselhar todos a não mais obedecerem a máxima de Deus do ‘crescei e multiplicai’”, declarou o aviador e garimpeiro.