BUGRE – O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Inhapim, denunciou um homem de 46 anos, acusado de homicídio qualificado contra sua ex-esposa. Na época, em dezembro de 2012, a vítima tinha 23 anos e residia no município de Bugre. Apesar de 12 anos terem se passado, o corpo da mulher nunca foi encontrado.
De acordo com as investigações, o relacionamento do casal foi marcado por diversos episódios de agressão por parte do acusado. Em um desses incidentes, quando a mulher estava grávida, o homem tentou matá-la, levando-a a buscar refúgio na casa de seus pais, em Ipatinga. Posteriormente, o agressor a convenceu a voltar para Bugre, onde morariam juntos para cuidar do filho.
No entanto, após a mudança, a vítima passou a enfrentar agressões recorrentes do denunciado. Em abril de 2012, ela sofreu graves lesões e foi internada no Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga. Durante sua estadia no hospital, o homem assumiu a guarda do filho sem a devida autorização judicial, impedindo a mulher de manter contato com a criança.
Após o término do inquérito policial, os autos foram devolvidos à Delegacia de Polícia com um pedido do Ministério Público para elaboração de um exame de corpo e delito indireto da mulher, já que ela não compareceu ao setor de medicina legal. Em 9 de julho de 2013, um investigador de Polícia Civil comunicou o desaparecimento da vítima e afirmou que as evidências apontavam para o denunciado como autor do crime.
A mãe da vítima também confirmou o desaparecimento da filha desde 6 de dezembro de 2012 e registrou o caso na Delegacia de Ipatinga em 10 de dezembro do mesmo ano, apontando o denunciado como responsável pelo homicídio.
Com base nas provas reunidas, o MPMG concluiu que o crime de homicídio consumado foi motivado pelo fato de o denunciado se recusar a pagar pensão alimentícia ao filho, que ficaria sob a guarda da mãe e era criado pela avó paterna. A denúncia também destaca que o acusado já havia tentado matar uma ex-companheira antes, deixando-a com graves sequelas permanentes, por se recusar a assumir suas responsabilidades financeiras.