Karol Eller: parlamentares pedem investigação contra igreja por ‘cura gay’

Karol Eller: parlamentares pedem investigação contra igreja por ‘cura gay’
FOTO: Redes Sociais

A iniciativa ganhou mais destaque após os parlamentares relacionarem a prática à morte da influenciadora Karol Eller 

BRASÍLIA – Três parlamentares do PSOL apresentaram um requerimento para abertura de investigação sobre a promoção de práticas de terapias de conversão sexual. Erika Hilton (PSOL-SP), Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) e Luciene Cavalcante (PSOL-SP) protocolaram o pedido de investigação nessa segunda-feira (16). Dessa forma, a proposta dos parlamentares é apurar a suposta terapia de conversão sexual, popularmente conhecida como “cura gay”, contra uma igreja de Rio Verde, em Goiás.

A solicitação para investigar o caso tem como base a prática de conversão sexual ministrada pelo retiro que está sob a direção de uma igreja pentecostal. Além disso, a iniciativa ganhou mais destaque após os parlamentares relacionarem a prática à morte da influenciadora Karol Eller na noite da última quinta (12).

“Há a suspeita de que Karol Eller foi vítima de uma tentativa de “cura gay” no retiro “Maanaim”, realizado pela Assembleia de Deus de Rio Verde, em Goiás. A prática, sem nenhum respaldo científico, já é vedada pelo Conselho Federal de Psicologia”, publicou nas redes sociais a deputada federal Erika Hilton.

Sobre a morte de Karol Eller

A influencer, de 36 anos, morreu na noite de quinta-feira (12), em São Paulo. De acordo com a Polícia Civil, o caso foi registrado como ‘suicídio consumado’. As informações são que a morte de Karol aconteceu na noite de quinta (12), por volta das 22h, em Campo Belo, na região metropolitana de São Paulo. A Polícia Civil segue investigando o caso. 

Sobre Karol Eller

A influencer e ativista política trabalhava no gabinete do deputado estadual paulista Paulo Mansur (PL). Poucas horas depois da morte de Karol, ele publicou uma nota lamentando.

A influencer nasceu em Governador Valadares, no Leste de Minas Gerais. Nas redes sociais, Karol Eller acumulou mais de 690 mil seguidores no Instagram e 800 mil no Facebook. Mas antes de se tornar uma influenciadora digital conhecida, trabalhou como promotora de eventos e compartilhou suas experiências vivendo nos Estados Unidos.

Nos últimos anos, Karol se aproximou do cenário político e estabeleceu laços com a família Bolsonaro durante seu tempo nos Estados Unidos. Mas em 2018, um ano após o início do governo Jair Bolsonaro, Karol assumiu um cargo na Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Lá permaneceu até janeiro de 2023.

Contudo em setembro, a influenciadora, que era lésbica, iniciou um processo de renúncia à própria sexualidade, após retornar de um retiro religioso. O sepultamento de Karol Eller aconteceu no último domingo (15), em Governador Valadares.

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