Líder de organização criminosa de Valadares é preso no Rio

IMAGEM ILUSTRATIVA: Freepik

A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Governador Valadares (MG), composta pela Polícia Federal (PF), Polícia Civil e Militar do Estado de Minas Gerais (PCMG/PMMG)  identificou um dos sete presos na ‘Operação Hermes’, deflagrada no último 29 de março, no Rio de Janeiro (RJ).

O homem é o líder de uma organização criminosa da cidade e estava foragido da Justiça de Minas. Ele é acusado de estelionato contra idosos, lavagem de dinheiro, organização criminosa, tráfico de drogas e homicídios. Estima-se que a facção criminosa estava ativa há 9 anos causando prejuízo de R$ 20 milhões a pessoas de vários estados.

PROCURADO

A operação foi deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), com apoio da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ). O suspeito está na lista vermelha de procurados da Interpol por homicídio e chegou a fugir para Portugal após cometer o crime no Brasil.

Para escapar da polícia, ele utilizava identidades e documentos falsos. A Polícia Federal, porém, confirmou a verdadeira identidade do suspeito através de um laudo de exame de confronto papiloscópico.

Na residência em que o homem foi preso, no Rio de Janeiro (RJ), a polícia encontrou ainda duas pistolas com numeração raspada e vários veículos roubados.

GOLPES

Ele é acusado de comandar uma facção criminosa que enganava idosos de vários estados, através de sites falsos que prometiam lucros na revenda de cotas e títulos de um clube de viagens.

Somente no Distrito Federal, foram identificadas pelo menos oito vítimas, desde 2019, que sofreram um prejuízo estimado em R$ 2 milhões. Pelo menos 15 pessoas e sete empresas compõem a organização criminosa e estima-se que eles atuam há mais de nove anos e tenham causado prejuízos de até R$ 20 milhões no Brasil.

As vítimas eram contatadas pela internet e via ligações telefônicas por pessoas que se passavam por funcionários de diferentes empresas de turismo falsas. Eles também ligavam se passando por funcionários de instituições bancárias para dar credibilidade do golpe.

O esquema enganava os titulares através da cobrança de altas taxas (averbações, escrituras, câmbio, débitos aéreos e marítimos, traslados) como forma de atualizar e transferir as propriedades das cotas. Os suspeitos também encaminham documentos falsos para a residência das vítimas, com o intuito de dar veracidade às falsas alegações.

O homem foi preso e está à disposição do Poder Judiciário. O caso continua sendo investigado.

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