Começou nessa quarta-feira (6) a 43ª edição do Concurso Leiteiro da Cooperativa. Ao todo, estão participando do torneio 24 animais de 13 produtores diferentes. A competição termina neste sábado (9). E, de acordo com a equipe organizadora, todos os participantes serão premiados desta vez.“Este ano, devido à pandemia, em que a gente ficou dois anos sem realizar, como uma forma de incentivar o produtor, a gente vai pegar a premiação total e vai dividir de maneira igual entre todos os participantes”, explica o coordenador do torneio, Rodrigo Santana.
Cuidadores empenhados
Mas neste evento, no qual quem brilha são as grandes vacas leiteiras, é importante frisar que ali nos “bastidores” há uma equipe dedicada. Ou seja, os cuidadores não medem esforços para garantir bons resultados e o sucesso do concurso. “É muito prazeroso. Apesar de dar muito trabalho, é um trabalho gostoso de se fazer. A gente faz com muito amor, com muito zelo”, destacou Santana.
Márcio Soares está responsável por cuidar da Extrema, que agora ocupa o 2º lugar. No primeiro dia de concurso, ela produziu 50,09 kg de leite. Por isso, o cuidador se mantém otimista e disposto a fazer com que ela vença o torneio. “Ela é uma vaca que tem grandes chances de ser campeã!”, disse o cuidador. Portanto o foco de Márcio Soares é manter o desempenho da Extrema e atingir, quem sabe, a meta de 80 kg de leite produzidos.
Mão de obra reforçada
Já o pecuarista Lívio Coura é dono da vaca Irlanda, que no momento está em 1º lugar, com 52,3 kg de leite produzidos. Então ele aproveitou a ocasião para ressaltar a importância dos colaboradores nesta longa missão de manter o animal produtivo 24 horas por dia.
“É cansativo, né. É bem exaustivo, vamos dizer assim. Mas é gratificante quando você vê um trabalho sendo realizado e reconhecido. Depende muito de mão de obra. E, graças a Deus, a gente tem uma parceria muito boa com funcionários, os colaboradores da fazenda que gostam de fazer, e isso agrega muito para a gente. Hoje, infelizmente, a mão de obra está muito difícil, então, quando você tem uma mão de obra que gosta de fazer esse trabalho também, acaba sendo gostoso”, relatou.
Sobre como é a rotina de cuidados com a Irlanda nestes dias, Lívio Coura detalha: “O competidor não dorme. É 24 horas ligado. A vaca depende de um cuidado especial, então estamos revezando em turnos aqui, para ficar vigiando ela 24 horas, sem dormir. É a primeira vez que eu estou participando. Mas não esperava estar neste potencial. E, graças a Deus, ela está fazendo a alegria da gente aqui. Está despontando, indo bem, ‘vamo que vamo‘!”, celebra o pecuarista.
Como funciona o concurso leiteiro?
O propósito do concurso é demonstrar o potencial produtivo dos animais conforme cada genética, além de apresentar aos apreciadores do evento a qualidade do leite produzido. De acordo com o coordenador do evento, Rodrigo Santana, todo o leite gerado terá como destino final a Cooperativa Agropecuária Vale do Rio Doce.“Vai para o nosso laticínio. Toda a produção é destinada para a fábrica”, disse.
Já a dinâmica da competição consiste em sessões de ordenha, que ocorrem de 8 em 8 horas. Neste torneio, a tiragem do leite acontece às 6h, às 14h e às 22h. Desse modo, a cada ordenha, a quantidade de leite tirada é contabilizada em quilogramas e registrada numa tabela contendo os principais dados do animal.
