Magistradas concluem curso de medidas de autoproteção

Iniciativa inédita é resultado de parceria entre TJMG, Amagis, ENM, PMMG e CBMMG

O curso “Medidas de autoproteção para magistradas” foi encerrado na sexta-feira (24/6), depois de uma semana de aulas e oficinas para atuação segura e desenvolvimento de habilidades em situação de risco. A iniciativa inédita é fruto de convênio de cooperação mútua do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, por meio da Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef), com a Associação dos Magistrados Mineiros (Amagis), a Escola Nacional da Magistratura (ENM), a Polícia Militar de Minas Gerais e o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais.

No encerramento, o desembargador Caetano Levy, presidente da Escola Nacional da Magistratura, manifestou entusiasmo com a realização do curso. Ele agradeceu a todos os envolvidos na idealização e promoção da iniciativa pioneira. “Desde que assumimos a direção da Escola, tínhamos a preocupação com as colegas magistradas que, no país inteiro, têm sido vítimas de violência, inclusive feminicídio. E o melhor caminho é a prevenção, que passa por treinamento. Queremos ainda que o curso seja replicado em outras unidades da federação”, afirmou.

Durante o curso, as magistradas receberam treinamento e conheceram os princípios de segurança e destreza; foram capacitadas para adotar procedimentos de autodefesa; receberam informações sobre como aprimorar a prática de direção de veículo com viés evasivo e defensivo; receberam instrução sobre ações específicas e pontuais de autossocorro; e conheceram mecanismos para desenvolver estruturas neurais e motoras para o correto emprego das técnicas de defesa pessoal.

A desembargadora Kárin Emmerich, da 9ª Câmara Criminal do TJMG, especializada em violência doméstica, Estatuto da Criança e do Adolescente e execução penal, foi uma das participantes do treinamento, que reuniu magistrados de diversas regiões do Estado.

“Não há como falar de prevenção em relação à violência contra magistradas sem pensar em todas as mulheres. Estamos todas juntas nessa questão da violência. Quando a gente capacita mulheres é uma forma também de transmitir a outras essa possibilidade de defesa, proporcionando orientações para verificarem se estão numa situação de violência”, disse.  TJMG

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