O isolamento social e a facilidade de acesso impulsionaram a adesão das pessoas pela modalidade EAD
Um levantamento feito pela Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED) mostrou que o número de matrículas no ensino a distância teve aumento de 50% durante a pandemia.
Fizeram parte do levantamento de dados para a pesquisa Instituições de Ensino Superior (IES), Ensino Fundamental e Ensino Médio, além de ensino técnico e cursos livres. No estudo, participaram 51 instituições de ensino, sendo 78,43% do setor privado e 21,57%, do setor público. A finalização da pesquisa aconteceu no formato on-line, entre os dias 20 de março e 30 de abril do ano passado.
Aumento da procura pelo ensino a distância
Cristiane Mendes é coordenadora do núcleo de ensino a distância de uma universidade particular de Valadares. Ela explica que “a educação a distância vem crescendo, principalmente, em função das facilidades de acesso, das tecnologias e internet. E com a pandemia nós passamos a usar ainda mais estas ferramentas, e muitas pessoas descobriram este potencial […] de ter acesso a cursos bem planejados.”
Com a obrigatoriedade do isolamento social, sobretudo em 2020, no início da pandemia, muitas pessoas passaram a trabalhar, estudar e fazer boa parte de suas atividades dentro de casa. Então o estudo remoto, que antes era incomum, tornou-se parte da rotina de muitas pessoas.
Thainara Ferreira é coordenadora administrativa de um polo de ensino na cidade. De acordo com ela, desde a pandemia as pessoas passaram a procurar mais por cursos a distância. “Em 2018 e 2019, muitas pessoas chegavam aqui falando da resistência, da diferença, se era bom… e com a pandemia a gente viu que os alunos já estão mais seguros com a opção do EAD”, ressalta.
De acordo com a Associação Brasileira de Educação a Distância, o aumento pela procura de ensino a distância para 2022 pode ser maior, tendo em vista que muitas Instituições de Ensino Superior começaram a aceitar a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para entrar no EAD.
