O Colóquio Internacional Educação e Contemporaneidade é um evento promovido há 14 anos pelo Grupo de Pesquisa CNPq/UFS Educação e Contemporaneidade (EDUCON), da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Pela primeira vez, neste ano de 2020, o evento acontece na modalidade on-line, como medida de prevenção ao contágio do coronavírus.
Na programação do evento estão previstas conferências e mesas-redondas internacionais e nacionais. A transmissão será feita pelo Canal no YouTube Colóquio Educon. Estudantes e docentes dos cursos de graduação e do mestrado em Gestão Integrada do Território têm participado deste evento nos últimos 5 anos.
A professora dra. Maria Celeste Reis Fernandes de Souza, que participa como pesquisadora do grupo Educação e Contemporaneidade, em diferentes atividades de organização do Educon, afirma a importância desse evento que coloca a Univale em um cenário de debates nacional e internacional de pesquisas sobre educação, e acrescenta a esse debate as contribuições do Mestrado em Gestão Integrada do Território.
“A perspectiva inclusiva do Educon, que se propõe a formar novos pesquisadores, estimula a participação de graduandos e de mestrandos, com a apresentação de seus trabalhos”, destaca a pesquisadora.
Neste ano, pedagogas formadas pela Univale, docentes da instituição, mestres e mestrandos do GIT participaram de atividades de revisão dos anais, e atuaram como coordenadores pedagógicos das seções de apresentação dos trabalhos. Os trabalhos foram apresentados entre os dias 14 e 16/09 e encontram-se disponíveis em yotube.com/coloquioeducon.
Na turma que ingressou no mestrado em março de 2020, quatro alunos conseguiram participar com publicações. O administrador Yury Aranha é mestrando e faz pesquisa voltada para a utilização de indicadores na gestão de instituições educacionais.
“Foi um momento importante na caminhada do mestrado. Investigar, escrever e apresentar faz parte da atividade do pesquisador. Participar do Educon contribuiu para minha formação, além de possibilitar o aprofundamento e melhor delimitação do objeto de pesquisa da dissertação”, comemorou Yury.
Outro assunto discutido foi a marginalização da interseccionalidade de raça e gênero na educação básica brasileira, proposto pela historiadora Erika Benigna. A mestranda contou que “quando as professoras de Fundamentos da Ciência e da Pesquisa lançaram a possibilidade de submeter ao Educon o artigo que já estava em produção como atividade da disciplina, parecia algo bem distante da minha realidade de recém-chegada ao mestrado”.
No entanto, o apoio das docentes, dos colegas e da orientadora a encorajaram a tentar. “É até difícil mensurar a alegria e a satisfação de apresentar meu primeiro artigo em um evento internacional”, comentou ela.
E todos destacaram que a publicação de um artigo é fruto de muito estudo e dedicação. “Noites de sono foram perdidas e também finais de semana na frente do computador e dos livros. Foi trabalhoso escrever um artigo para submissão. Em muitos momentos achei que não fosse ser possível, mas valeu todo o esforço”, comemorou a mestranda Angélica Antunes Tenório.
A pedagoga Luiza Souza Freitas participou do Educon pela segunda vez e discutiu a relação com o saber e jovens do campo. “A experiência de ter uma pesquisa publicada no Educon foi inesquecível, pela oportunidade de acessar e dialogar com diferentes pesquisadores. Além disso, as publicações agregam valor não somente para a minha trajetória, mas também enriquecem o programa”, destacou a mestranda.
Outro assunto de destaque foi a educação em espaços não formais. E nesse eixo temático, a Univale teve um representante que vive essa realidade. Adeilson Jorge da Silva é professor de História na penitenciária Francisco Floriano de Paula, e apresentou um artigo sobre a educação em ambiente prisional.
O mestrando ainda teve a contribuição da profa. dra. Eunice Nazarethe, professora do GIT, pesquisadora referência no tema no Leste de Minas. “Senti uma emoção sem igual ao receber a carta de aceite, pois foi meu primeiro artigo publicado”, disse ele.
O mestrando afirmou que no período da escrita, nem ele mesmo tinha certeza de que conseguiria submeter, e destacou o papel da orientadora na trajetória.
“A participação da profa. dra. Eunice foi crucial, pois ela acreditou que seria possível conseguir a publicação, além de ter me acompanhado durante todo o processo. É notório que com disposição para pesquisar, ouvindo os direcionamentos do nosso orientador e focando no objetivo, sempre é possível alcançar o que se almeja”, concluiu.
A programação do Educon continua nos dias 24 e 25 de setembro com conferências e mesas-redondas, internacionais e nacionais. No dia 25 de setembro a profa. dra. Maria Celeste Souza participará da mesa.
Vale a pena conferir a produção acadêmica gerada na Univale e no GIT e apresentada no Educon:
- Territorialidades presentes nas artes produzidas por crianças na escola de tempo integral (Valdicélio Martins);
- Artes contemporâneas com instalações de INHOTIM (Valdicélio Martins);
- O Pedagogo no Ensino Superior como design de aprendizagens em tempos de pandemia Covid-19 (Wildma Mesquita Silva);
- Conselho Acadêmico como forma de acompanhamento e de avaliação dos procedimentos de ensino-aprendizagem no Ensino Superior (Wildma Mesquita Silva, Cláudia Esther Reis Godinho, Imirene Lodi dos Santos);
- Educação ambiental e ciência cidadã: um ensaio sobre possíveis contribuições recíprocas (Samuel Perpétuo Rodrigues, Renata Bernardes Faria Campos, Eunice Maria Nazarethe Nonato);
- Interface entre a educação ambiental e a recuperação de nascentes (Nájela Priscila dos Santos Moreira, Renata Bernardes Faria Campos, Eunice Maria Nazarethe Nonato);
- Empreendedorismo feminino no brasil e escolaridade: uma revisão sistemática (Angélica Antunes Tenório, Mauro Augusto dos Santos, Renata Bernardes Faria Campos);
- Educação em espaço prisional: uma revisão sistemática (Adeilson Jorge da Silva; Eunice Maria Nazarethe Nonato, Adriana Mara Pimentel Maia Portugal);
- A utilização de indicadores para a gestão de instituições educacionais: um estudo da produção científica desenvolvida entre 2010 e 2020 (Yury Aranha de Willerson Custódio da Silva);
- Marginalização da interseccionalidade de raça e gênero na educação básica brasileira (Erika Benigna Nascimento, Fernanda Cristina de Paula, Maria Celeste Reis Fernandes de Souza);
- Relação com o saber e jovens do campo: revisão sistemática de literatura (Luiza Souza Freitas, Maria Celeste Reis Fernandes de Souza);
- Educação em tempos de pandemia: uma análise dos direcionamentos legais no contexto brasileiro (Thales Leandro de Moura, Cristiane Mendes Neto, Maria Celeste Reis Fernandes de Souza);
- Afetos e subjetividades na pandemia: relato de experiência (Eliene Nery Santana Enes, Maria Gabriela Parente Bicalho).