Em uma decisão que terminou em 2×1, o Tribunal de Apelações dos Estados Unidos, nono circuito, decidiu que a administração Trump pode acabar com o Status Temporário Protegido (TPS, sigla em inglês), programa que protege da deportação alguns imigrantes de países devastados por desastres naturais ou local de violência extrema.
De acordo com os ativistas e advogados que representam milhares de famílias protegidas, a decisão do presidente Dondalo Trump em acabar com este programa “é motivado por racismo”. Para justificar a afirmação, eles citaram frases do republicano chamando os países africanos de “buracos de merdas”.
Mas a decisão dos juízes apontou que os advogados dos imigrantes não conseguiram provar que o presidente agiu motivado por preconceito.
Esta decisão derruba uma determinação emitida por um juiz de San Francisco, em 2018, que impediu o fim do TPS. Com esta mudança, pelo menos 300 mil imigrantes são colocados em risco de deportação. Eles são do Sudão, Honduras e El Salvador.
No caso do Haiti, cujos cidadãos receberam o TPS duas vezes, a última após os terremotos de 2010, eles ainda são protegidos da deportação por outra decisão judicial em New York. Mas perdem o status protegido.
Estas deportações podem começar em 2021 e como a maioria possui o TPS por mais de duas décadas, a maioria tem filhos nascidos nos Estados Unidos, os quais podem ser forçados a sair do país com seus pais.