6 anos da tragédia de Mariana: rio Doce ainda sofre as consequências do desastre

O desastre de Mariana, ocorrido no dia 5 de novembro de 2015, deixou o que os ambientalistas chamam de “sequelas ambientais”A barragem que se rompeu é de mineradora controlada pela Vale, em parceria com Samarco e BHP Billiton. O rompimento ocasionou uma vasta e espessa enxurrada de lama, que destruiu o subdistrito de Bento Rodrigues, em Mariana. Seis anos após o desastre, completados hoje, os municípios atingidos pela tragédia, incluindo Governador Valadares, ainda sofrem as consequências do rompimento da barragem.

O desastre de Mariana ocasionou a liberação de cerca de 60 milhões de metros cúbicos de dejetos de mineração, provocando a morte e extinção de diversas espécies de peixes. O desastre provocou a morte de 19 pessoas e uma série de impactos ambientais, sociais e econômicos, atingindo 39 municípios de Minas Gerais até chegar ao Espírito Santo.

Nesta sexta-feira (5), o Governo de Minas Gerais se solidariza com os familiares das vítimas e todas as pessoas atingidas pelo rompimento da barragem. “Minha solidariedade às famílias das 19 vítimas dessa triste tragédia e aos moradores atingidos”, afirma o governador de Minas Gerais, Romeu Zema.

“Não estamos satisfeitos com o processo de reparação que deveria ter sido assumido pela empresa causadora. Ela tem sido burocrática e lenta. É por esse motivo que o Governo de Minas, junto com as instituições de Justiça, União e Governo do Espírito Santo, estão propondo um novo acordo, com novas regras para agilizar a implantação dos projetos de reparação”, destaca Zema.

Para marcar a data, a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag-MG) coloca no ar, nesta sexta-feira, o site Pró-Rio Doce, com informações sobre o andamento das ações de reparação e para a repactuação, além de uma linha do tempo com toda a cronologia, de 5/11/2015 até os dias de hoje. 

O que tem sido feito pela Fundação Renova?

Após seis anos da tragédia que assolou a bacia, diversas ações de recuperação, mitigação e compensação ambiental foram e estão sendo realizadas pela Fundação Renova, criada pela empresa Samarco para atuar nesse processo com a elaboração e execução de projetos orientados pelo TTAC e pelas decisões do Comitê Interfederativo, criado pelo Governo Federal.

Segundo a Fundação Renova, o Sistema Indenizatório Simplificado alcançou a marca de R$ 3,4 bilhões, pagos a 35 mil pessoas em um ano. Atualmente, 31 localidades têm acesso ao sistema. Conforme a entidade, os desembolsos com a reparação chegaram a R$ 16,8 bilhões até setembro deste ano.

Acompanhe as ações de reparação clicando aqui.

“O rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), está completando seis anos. A Fundação Renova expressa sua solidariedade a todas as pessoas e comunidades atingidas pela tragédia e reafirma seu compromisso com a reparação integral dos danos provocados. Acreditamos que, com a participação de todos, estamos avançando para que a reparação e a compensação sejam fielmente concretizadas.

A tarefa é desafiadora. A dimensão e o ineditismo dos danos causados em uma região que abrange dois estados (Minas Gerais e Espírito Santo) e cerca de 4 milhões de pessoas nos levaram a uma mobilização sem precedentes no país, em busca de melhores soluções. Reparar a bacia do rio Doce envolve a criação de soluções e metodologias que ainda não existiam e estão sendo construídas por meio do diálogo e da inovação tecnológica, científica e social. O caminho para a execução dessas ações passa pelo trabalho em conjunto. Participam técnicos e especialistas de diversas áreas de conhecimento, dezenas de entidades de atuação social, ambiental e econômica e organizações que são referência na produção científica no Brasil e no mundo. 

Há muito trabalho por ser feito e estamos focados no cumprimento dessas entregas. E existem também muitas iniciativas que apresentam resultados relevantes, e é nossa obrigação prestar contas a toda a sociedade.”

Nota, Fundação Renova

No dia 7 de novembro de 2015, a capa da edição impressa do DRD destacava o seguinte titulo: “Rastros da tragédia chegarão a Valadares”. Dois dias apos o rompimento a lama começava a chegar à cidade.

Arquivo DRD

A TV Leste apresentou durante a semana uma série de reportagens : “Mariana 6 anos – As Consequências do Desastre”. No último episódio, a equipe mostrou que a população e os órgãos públicos esperam por um futuro melhor aos atingidos. Link da reportagem completa.

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