Planejamento, capacitação e trabalho em equipe impulsionaram as conquistas
Resultados do Judiciário estadual mineiro em Ipanema mostram o esforço diário para ajudar a comunidade a prosperar. A juíza diretora do foro e titular da 1ª Vara Cível, Criminal e de Execuções Penais de Ipanema/MG, Luciana Mara de Faria, que chegou à comarca em outubro de 2019, lista algumas conquistas.
“Há mais de um ano não temos processos paralisados por mais de 30 dias em gabinete. Desde julho de 2021 não há feitos paralisados em secretaria por período superior a 100 dias. Em janeiro havia 1.016. Alcançamos redução de 59,46% nos paralisados acima de 30 dias em secretaria no primeiro semestre de 2021. Em janeiro havia 2.291; em julho eram 929”, afirma.
Essas realizações estão em conformidade com metas para todas as cortes de justiça, estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça, e da Corregedoria-Geral de Justiça (CGJ).
A ausência de processos conclusos para despacho significa que todos os pedidos que são feitos pelas partes são apreciados e decididos, com a magistrada respondendo rapidamente ao que lhe é apresentado. Significa que, a depender da justiça, não há atraso ou demora, os feitos não ficam parados.
Para a juíza, que também é coordenadora do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania, os números só foram alcançados pelo trabalho em equipe e por uma série de práticas compartilhadas e incorporadas ao cotidiano. A magistrada aponta, por exemplo, a criação de um grupo de estudos, sob sua liderança, para capacitação dos servidores.
A equipe foi motivada a participar do extenso programa da Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes, entre eles, os cursos Excelência no Atendimento e Inovações na Gestão de Unidades Judiciárias. Outra proposta foi a adoção de princípios e estratégias seguindo as diretrizes da CGJ, com um controle rigoroso de indicadores, objetivo e procedimentos.
“Reunimos semanalmente toda a equipe da unidade judiciária, com análise contínua de relatórios, estabelecimento e monitoramento de metas semanais e mensais”, diz. Essa política permanente, de acordo com a juíza, está permitindo manter em dia os trabalhos, e é um fator que alimenta o envolvimento de todos na superação de novos desafios.
Segundo a juíza, o essencial é o atendimento à população, mas esses resultados dão uma dimensão objetiva e palpável ao que é feito no cotidiano. “Os números são importantes somente porque há pessoas por trás deles. A redução de feitos paralisados significa que os jurisdicionados estão recebendo os seus direitos mais rapidamente, e é isso que move a nossa equipe”, afirma.
No Cejusc, uma das rotinas tem sido a realização de mutirões e a busca de acordos em sessões de conciliação e mediação. “Mais recentemente, temos recebido elogios do público externo, que reconhece as melhorias implementadas. Embora eu não tenha, ainda, formalizado a implantação do Planejamento Estratégico na comarca, utilizei muito a metodologia preconizada para isso”, diz.
No primeiro semestre deste ano foram 442 atendimentos no setor de cidadania, 496 audiências designadas, das quais 478 realizadas (índice de quase 97%) e 203 acordos, o que representa mais de 42% de conciliação.
A magistrada faz questão de marcar os momentos vitoriosos. “A ideia do registro é eternizar as conquistas da equipe, alcançadas com muito trabalho e dedicação. Na camisa usada por todos constam os dizeres Dream, Believe, Achieve, isto é, ‘sonhe, acredite, alcance’.