A Prefeitura de Valadares divulgou, na semana passada, o resultado do último Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) feito no município. Conforme a pesquisa, a cidade registra, atualmente, um percentual de 3,7% em infestação, o que caracteriza médio risco. No entanto a equipe do Centro de Controle de Zoonoses vê o resultado como uma melhora. Afinal o levantamento anterior apontou índice de 4,3%, que configura alto risco.
O gráfico abaixo, apresentado pelo coordenador do departamento de Controle de Arboviroses, José Batista, mostra a evolução do município no combate ao mosquito nos últimos anos.
“Houve uma redução. Nós saímos do alto risco de epidemia para o médio risco de epidemia. É o menor número que nós tivemos nos últimos anos. Mas ainda assim, está acima de 1%. Sempre que estiver acima de 1% de imóveis com foco, há um risco de epidemia de qualquer uma das arboviroses [dengue, zika ou chicungunya]. Então ainda existe o risco e precisamos tomar cuidado”, reforça o coordenador.
Uma ameaça dentro de casa
Ainda de acordo com José Batista, 50% dos focos encontrados nos bairros estavam nos ralos, no interior das casas. Além disso, 20% das concentrações do mosquito estavam em pratinhos de planta. Ou seja, a principal área de “perigo” continua sendo dentro de casa. “Atualmente, nós estamos entrando em todas as residências, fazendo a vistoria tanto na parte externa quanto na parte interna da residência. Então é importante que as pessoas recebam o agente de saúde e que após a vistoria, ele escute onde o agente de saúde apontou como risco de foco no seu imóvel”, explica.
De acordo com o último LIRAa, a região com maior índice de infestação neste momento é do Jardim Pérola, que possui focos do mosquito em 8,3% das residências.
Visitas dos agentes às residências
E para saber como estão os trabalhos de combate às arboviroses em Valadares, nesta segunda-feira (11), a equipe do DRD foi até o bairro Santa Rita, onde a agente Helaine Cristina Mendes realizou algumas visitas. A Dona Neuza Silva Nonato, que é moradora do bairro e convive com as sequelas da chikungunya, autorizou a vistoria em sua residência e ainda enfatizou o quanto esse trabalho a ajuda. “Já tive chikungunya. Até hoje dói muito. Nos pés, a dor é demais. É muito bom você falar, ensinar para a gente. A gente está velho, mas não sabe como tratar, conservar limpo”, disse Dona Neuza à agente.
“A gente tem a prioridade de conscientizar o morador sobre a importância desse trabalho, porque é um trabalho que a gente evita danos sobre a vida mesmo”, destaca Helaine Cristina. A servidora deu mais detalhes sobre como a vistoria é feita dentro das residências: