Valadares, meu amor
você deixou a porta aberta
e eu entrei pra ficar
no calor de seus passos
aqueci os caminhos meus
na correnteza de seus beijos
te entreguei meu coração
Valadares, meu amor
você já tem de mim o pedaço que queria
no calçadão de sua madrugada
emagreci a solidão
na emergência de seu charme
apertei o botão de alarme
Sua caligrafia distorcida
escreve sorrisos em mim
tempestades em copo d’água querem
inviabilizar nossa relação
Mas me ensina
a decifrar sua alma de tardes sem vento
a perdoar seu gesto de tentar
cegar com lama meu doce olhar
a não entregar pro destino o seu único defeito
Valadares, meu amor
que inauguramos eternidades
na sombra dos oitis
eu te pergunto:
Quando é que a gente vai ser feliz?
Por: Marcelo Rocha
Poeta, valadarense, comunicador e ativista da paz.
Graduado em Comunicação Social, Especialista em Gestão Cultural e Comunicação Política.