Devido às determinações de isolamento social, como uma das formas de conter a pandemia do Covid-19, comércio, escolas e universidades estão de portas fechadas. Com isso, algumas pessoas se adequaram para trabalhar em casa. Outras aproveitaram para voltar com as atividades depois da flexibilização do comércio por meio de decreto municipal.
Nas escolas e universidades, as aulas seguem suspensas e os estudantes são obrigados a passar todo o tempo, ou a maior parte dele, em casa.
O DRD conversou com alguns jovens, que relatam como está sendo a experiência do isolamento social. Sem poder ir às aulas, eles buscam alternativas para fugir do tédio.
Vitória Soares
Aluna do 3° período de jornalismo da Univale, Vitória diz que tem assistido a muitos filmes e séries para passar o tempo.
Apesar de as aulas terem parado, os professores do seu curso estão passando conteúdo e atividades aos alunos, o que tem ocupado boa parte do tempo. Além disso, Vitória continua trabalhando, porém em casa (home-office).
“Muda muita coisa, porque, mesmo que a gente continue trabalhando, a rotina não é a mesma. Você não tem mais aquela consciência de que vai levantar e arrumar para sair”, diz ela.
Júlia Lara
A aluna do 5° período de Farmácia da UFJF diz que está entediada. “Eu quero que as aulas voltem logo e que essa quarentena acabe, apesar de ser necessária. Não estou aguentando. Parece que a qualquer momento eu vou surtar, porque eu não tenho muita coisa para fazer”, comenta.
Júlia, que ficava praticamente o dia inteiro na faculdade, agora tenta passar o tempo jogando no celular, conversando com amigos pelo WhatsApp, apreendendo a tocar flauta e vendo filmes e séries.
Gabriel Augusto
Quando bate o tédio, Gabriel, que está no 4° período de Direito na UFJF, sai para passear com sua cachorrinha, mas na maior parte do tempo ele aproveita para ler livros acadêmicos e principalmente jogar videogame, inclusive jogos que havia comprado, mas que não conseguiu jogar antes, por falta de tempo.
“Minha rotina não mudou muito porque eu saía mais no final de semana. A diferença é que eu não estou indo mais às aulas e estou indo mais à casa da minha tia com minha mãe. É algo que nós fazemos quando nos sentimos muito presos em casa.”
Tuly Coelho
Para a Tuly, do 3° período de Publicidade e Propaganda na Univale, “o que mudou é o fato de as aulas da faculdade serem on-line. Às vezes me sobra tempo. Então, eu vejo muita série e leio muitas revistas em quadrinhos”.
Ela continua indo trabalhar. Com o seu salário consegue pagar em dia a mensalidade, porém, afirma que a situação atual não está ajudando, pois está tendo mais gastos do que antes.
“Eu ajudo em casa e ainda tenho que comprar os equipamentos de proteção. Como a quantidade de ônibus circulando diminuiu, eu fico esperando por 1 hora ou até mais. Então, às vezes eu pego Uber, coisa que nem fazia”, complementa.
Univale
A assessoria de comunicação da Univale afirma que os professores e coordenadores dos cursos estão produzindo conteúdos, enviando atividades e realizando aulas ao vivo.
Quanto à previsão de volta das aulas, a expectativa é de voltar em duas ou três semanas. “Isso implica em voltar em total segurança. Só voltaremos se for seguro para os nossos alunos e professores”.
A assessoria informa ainda que as aulas práticas dos cursos serão repostas posteriormente.
UFJF-GV
Na UFJF-GV a informação é de que para os cursos de graduação presenciais “o calendário acadêmico foi suspenso no dia 25 de março, sem data estipulada para retorno. Será elaborado outro calendário acadêmico, considerando o que já foi cumprido neste semestre”.
Os responsáveis pelos cursos de Educação a Distância (EaD) continuam desenvolvendo atividades teóricas, “porém, está vedada a realização de qualquer atividade presencial, seja das disciplinas práticas, dos estágios, de orientações ou avaliativas”.