Reunião define plano de desenvolvimento para o projeto “Biodiversidade e saúde ambiental”, em parceria com a UNIVALE
Na última quinta-feira (29), a UNIVALE recebeu representantes da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e da Fundação Renova para uma reunião estratégica, visando ao desenvolvimento do projeto “Biodiversidade e saúde ambiental em áreas urbanas: uma experiência de Ciência Cidadã em Governador Valadares, MG”. O encontro teve como objetivo traçar um plano de ação e debater as formas de verificação e monitoramento ao longo da pesquisa.
O projeto teve início em 2022 e será ampliando ao longo de 2024, com foco em cinco escolas públicas urbanas de Governador Valadares, a maior cidade da Bacia do Rio Doce, região historicamente impactada pela exploração mineral e florestal, e afetada diretamente pelo rompimento da barragem de Fundão, no município de Mariana, em 2015.
A iniciativa busca investigar as possíveis relações entre as condições ambientais de saneamento, a biodiversidade local e a presença de vetores de doenças, contribuindo para a formação de cidadãos cientistas e para o entendimento dos processos de saúde e adoecimento nos territórios envolvidos.
Consultora da UNESCO, Tatiana Martelli Mazzo destacou a importância da parceria entre a UNIVALE, UNESCO e Fundação Renova. “A UNIVALE já é parceira deste programa desde a sua fase 1, e agora estamos implementando a fase 2. O objetivo é atuar nas diferentes áreas do Rio Doce, desde o Alto até a Foz, envolvendo diversos públicos, da educação básica até o ensino superior”, explicou Tatiana.
O professor Hernani Santana, que coordena o curso de Engenharia Civil e Ambiental da UNIVALE, compartilhou a importância do projeto para a preservação da biodiversidade ao longo do Rio Doce, com uma visão que vai além dos muros da academia.
“No início, concentramos nossos esforços na biodiversidade aqui em Governador Valadares. Mas agora, com a segunda fase do projeto, estamos ampliando nosso alcance para toda a Bacia do Rio Doce. O que torna esse trabalho especial é a participação ativa dos moradores, que se juntam a nós, cientistas, em um verdadeiro encontro entre a comunidade e a academia. A ciência cidadã nos permite construir juntos, unir conhecimentos e experiências, e valorizar o que é de todos nós – nosso meio ambiente”, compartilhou Hernani, ressaltando a importância desse envolvimento direto para fortalecer a conexão das pessoas com a natureza e com a ciência.
Com a implementação deste projeto, espera-se uma contribuição significativa para a conscientização ambiental e a melhoria das condições de vida na região estudada, promovendo um maior entendimento dos fatores ambientais que impactam a saúde da população.
O projeto prevê a participação de estudantes da UNIVALE, tanto bolsistas quanto voluntários, e também do programa de mestrado em Gestão Integrada do Território (GIT), contribuindo para a formação científica e profissional dos participantes. Os resultados serão divulgados em eventos científicos, como o Simpósio da UNIVALE e o Seminário Integrado do Rio Doce, além de outras plataformas, como vídeos e redes sociais do Laboratório Cidadão de Ecologia do Adoecimento e Saúde dos Territórios (LEAS).