GOVERNADOR VALADARES – Estudantes e docentes da UNIVALE participaram no dia 18 de junho o 3° encontro do Projeto Libras, Surdez e Saúde Pública, com o tema “Os desafios do atendimento de pessoas surdas na saúde: da formação à atuação”. Os presentes ao evento discutiram como a inclusão precisa acontecer de forma integral em todos os espaços.
Os debates foram direcionados aos alunos que atualmente cursam a disciplina de Ensino de Libras, incluindo estudantes dos cursos de graduação em Fonoaudiologia, Enfermagem, Terapia Ocupacional, Psicologia e Jornalismo. Aluna de Fonoaudiologia, Isabel Martins compartilhou sua experiência pessoal e reconheceu como os atendimentos em Língua Brasileira de Sinais (Libras) proporcionam inclusão e acessibilidade.
“Eu tenho uma afilhada que tem deficiência auditiva, e eu vejo pessoalmente, na prática, como a Libras trouxe essa acessibilidade para ela. Os principais papéis da Libras são a inclusão e a acessibilidade, para permitir que a pessoa com deficiência auditiva e a pessoa surda tenham essa integração com os demais. Às vezes é difícil a comunicação e a interpretação, e, a partir do momento em que a gente deixa a Libras acessível, já melhora muito esse parâmetro”, disse Isabel.
O encontro foi organizado pelo projeto de pesquisa “Libras, Surdez e Saúde Pública em Governador Valadares”, vinculado ao laboratório de Saúde, Indivíduo e Sociedade (Sais), do mestrado em Gestão Integrada do Território (GIT), em parceria com o Espaço de Apoio ao Aluno (Espaço A3).
A pesquisa tem o objetivo de mapear e estudar os principais desafios da população surda valadarense. “Nós entrevistamos profissionais das Estratégias de Saúde da Família de Governador Valadares sobre a experiência deles no atendimento de pessoas surdas, perguntando sobre o que eles entendem que é necessário, de mudanças para que o acesso ao direito à saúde seja, de fato, igualitário para as pessoas surdas que utilizam a Língua Brasileira de Sinais”, comentou o professor Edmarcius Carvalho Novaes, o coordenador do Espaço A3.
