TIMÓTEO – Desde o início de julho, as Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Timóteo estão disponibilizando gratuitamente a vacina meningocócica ACWY para crianças de 12 meses, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). A medida segue a nova diretriz do Ministério da Saúde, que ampliou a faixa etária da imunização com o objetivo de aumentar a proteção contra a meningite no país.
A vacina ACWY é uma dose de reforço que protege contra quatro sorogrupos da bactéria meningocócica: A, C, W e Y. Ela complementa o esquema vacinal iniciado nos primeiros meses de vida, com as aplicações da vacina meningocócica C aos 3 e 5 meses de idade. A administração da dose aos 12 meses representa, segundo a Secretaria de Saúde de Timóteo, uma importante ampliação da defesa imunológica contra a doença.
A recomendação é que as crianças que já receberam as duas doses iniciais e a dose de reforço da vacina meningocócica C não precisam tomar a ACWY. No entanto, pessoas que não foram imunizadas corretamente durante a infância devem procurar a UBS mais próxima para atualizar o cartão de vacinação.
A mudança na estratégia de vacinação está prevista na Nota Técnica nº 77/2025, do Ministério da Saúde, que anteriormente destinava a vacina apenas a adolescentes de 11 a 14 anos. A inclusão da faixa etária de 12 meses visa aumentar a cobertura vacinal e evitar novos casos da doença.
Casos de meningite em 2025
Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil já registrou 4.406 casos de meningite neste ano. Desses, 1.731 foram causados por bactérias, 1.584 por vírus e 1.091 por outros agentes ou causas não identificadas. A imunização é considerada a forma mais eficaz de prevenção, e outras vacinas oferecidas pelo SUS, como a BCG, a Penta e as Pneumocócicas (10, 13 e 23-valente), também auxiliam na proteção contra diferentes formas da doença.
Sobre a meningite
A meningite é uma inflamação das meninges — membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Pode ter diversas causas, incluindo agentes infecciosos como bactérias, vírus, fungos e parasitas, além de fatores não infecciosos, como reações a medicamentos, doenças autoimunes e traumas. As formas bacterianas são mais comuns durante o outono e o inverno, enquanto as virais costumam ocorrer com maior frequência na primavera e no verão.
