Teste da Orelhinha: conheça o exame que pode salvar a vida social de uma criança

Ouvir, falar, saber interagir com quem está próximo de nós, são características que podem parecer comuns, esperadas e até naturais por parte das pessoas, como se já tivéssemos nascido com essas habilidades. O que, de certa forma, não está errado.

Acontece que os gestos de comunicação que irão acompanhar um ser humano pelo resto da vida, podem ou não ser desenvolvidos, a depender dos cuidados tomados a partir do seu nascimento. Afinal, existem situações que podem determinar a qualidade da audição de uma criança por toda a vida.

Em 2010, A Lei Federal nº 12.303/2010 tornou obrigatória e gratuita a realização do exame de emissões otoacústicas evocadas ou, simplesmente e como gostamos de chamar, o ‘teste da orelhinha’.

Segundo informações da Secretaria de Saúde, o teste da orelhinha consiste na colocação de um pequeno fone na parte externa do ouvido do bebê. O aparelho emite sons e avalia a captação do ouvido da criança, permitindo o diagnóstico precoce de perda auditiva. O exame deve ser realizado em crianças recém-nascidas com até três meses.

Principais dúvidas sobre o teste

O otorrinolaringologista Dr. Amim Felipe explica que é comum no cotidiano da profissão que exerce, atender a crianças que apresentaram alterações auditivas – sendo estas identificadas pelo teste – e que o próximo passo é fazer um aprofundamento da pesquisa de perda auditiva.

“Caso não seja feito o teste, existe a possibilidade de a criança com deficiência auditiva perder a chance de ter um diagnóstico precoce e um tratamento adequado para a sua devida inserção social”, alerta o médico.

Dr. Amim Felipe alerta que perda auditiva em crianças pode ser consequência de várias doenças

Quanto à inserção social durante o crescimento, o otorrino esclarece que o tratamento precoce permite a tomada de medidas adequadas ao desenvolvimento mental e de linguagem das crianças.

Já dentre os problemas que acometem a audição de crianças desde o nascimento, o doutor cita os principais casos.

“Como manifestação final, a perda auditiva. Mas ela pode ser decorrente de várias doenças, desde problemas genéticos, passando por doenças infecciosas congênitas e até mesmo decorrentes de alguma intercorrência neonatal, como necessidade de UTI e etc.”

O Dr. Amim Felipe também disponibiliza informações sobre saúde auditiva e vocal no site: https://www.amim.med.br/

Onde fazer o teste?

A Secretaria de Saúde informa que o agendamento para o teste da orelhinha deve ser feito na própria unidade de saúde em que a paciente é cadastrada.

É necessário levar os documentos da criança (cartão/caderneta de vacinação e cartão do SUS) e também da mãe (identidade, CPF ou carteira de trabalho e cartão do SUS).

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