SMS-GV adverte sobre baixo índice de vacinação infantil contra diversas doenças

De acordo com a coordenadora do setor de Imunização, Márcia Cordeiro, falta de vacinação pode retornar com doenças antes controladas

“Eu gosto de tomar vacina, tia!”, disse uma pequena que saía da UBS-Centro, na manhã desta quarta-feira (20), acompanhada da mãe. Enquanto isso, Keven Lucas, que chegou ao mundo há apenas 3 dias, aguardava, no colo do papai, a sua vez de receber a vacina BCG.

Luciano Ferreira e Daiane da Silva compareceram com o filho recém-nascido na UBS do Centro, nesta manhã. | DRD

No entanto estas cenas que deveriam ser rotineiras no dia a dia das unidades de saúde de Valadares têm se tornado, a cada ano, mais raras. É o que relata a coordenadora do setor de Imunização da Policlínica, Márcia Cordeiro:

O levantamento do ano passado [2021] é que a procura por todas as vacinas foi péssima, foi muito ruim. A gente ficou abaixo dos 80%. Dependendo da vacina, até abaixo dos 70%. Então a cobertura foi realmente muito baixa“, comenta.

Mas para o departamento de Saúde, uma cobertura vacinal eficaz deve estar sempre em torno dos 100%. Caso contrário, os riscos de contágio e propagação de doenças seguem altos.

De acordo com Márcia Cordeiro, desde 2015 o índice de vacinação infantil tem diminuído a cada ano. | DRD

Vacinas previnem doenças perigosas

A imunização que o recém-nascido Keven Lucas já garantiu hoje cedo está dentre as vacinas essenciais que vêm tendo baixa adesão nos últimos anos. Aliás a BCG é uma das principais responsáveis pelo combate a doenças graves, como a tuberculose. E além deste agente imunizante, estão listadas vacinas que previnem a hepatite B e também a tetra viral (ou tetravalente), que combate o sarampo, a caxumba, a rubéola e a varicela.

Doses contra doenças como sarampo e rubéola estão disponíveis nas unidades de saúde. | DRD

Setor de imunização teme a volta de doenças antes “controladas” na cidade

Ainda de acordo com Márcia Cordeiro, quanto menor a cobertura vacinal, maior a probabilidade do retorno de doenças para o meio social. Como um exemplo disso, ela cita o sarampo. De acordo com a coordenadora do setor de Imunização, o problema estava “totalmente controlado” não só em Valadares, mas no país.

Contudo mediante a queda no índice de vacinação contra a doença, os profissionais da saúde voltaram a atender casos de sarampo. Cordeiro ainda ressalta que, por conta deste retorno significativo, o Ministério da Saúde decidiu lançar uma nova campanha de vacinação. A campanha tem o objetivo de imunizar todas as crianças entre 6 meses e 4 anos de idade, além dos trabalhadores da área da Saúde.

Na entrevista de hoje (20), Márcia Cordeiro explica quais são as vacinas essenciais dos primeiros anos de vida. Confira:

VÍDEO: DRD

“Pedimos a todos os pais que levem a sério a vacinação de seus filhos. Vacina é vida! É muito importante manter a situação vacinal em dia”, finaliza a coordenadora.

Para vacinar as crianças, os pais ou responsáveis legais podem acompanhar os menores em qualquer uma das salas de vacina em Valadares portando o cartão de vacina e pelo menos um documento de identificação do responsável e da criança.

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