Natália Epifania de Oliveira, 23 anos, foi morta na madrugada deste domingo com três tiros na cabeça durante uma festa de aniversário em um sítio.
De acordo com o boletim de ocorrência, o feminicídio aconteceu por volta de 1h40 deste domingo, 11, e teria como causa o ciúme doentio do secretário Anderson Christian de Oliveira, mais conhecido na região por “Momó”, que teve um relacionamento com Natália e ela teria terminado o namoro há cerca de seis meses.
A irmã da vítima disse aos policiais que registraram a ocorrência que Momó não aceitava o término do relacionamento e vinha fazendo ameaças constantes a Natália. Nesta madrugada, quando ela estava participando da festa, o acusado chegou perto da vítima, no momento em que ela estava ao lado da irmã e de um amigo com quem estava abraçada, e atirou três vezes, acertando-a na cabeça, provocando a sua morte no local.
A irmã, que é menor de idade, disse ainda que deu um soco em Momó, mas que se jogou ao chão com medo que ele atirasse nela também. Segundo ela, Natália era ameaçada desde que terminou o relacionamento, há seis meses, e que nunca o denunciou, por medo de ser assassinada por ele.
O rapaz que estava abraçado com Natália na hora dos disparos disse que só escutou o barulho e pensou que era bombinha, mas que na hora que viu que ela caída e ensanguentada notou que fora ferida com tiros.
Os policiais anotaram no boletim de ocorrência que o rapaz apresentava um ferimento no dedo da mão direita, que seria provocado por um tiro de raspão e teria acontecido durante os disparos feitos pelo acusado.
Arma foi apreendida
Durante os levantamentos do crime, os policiais foram procurados por um homem que também participava da festa, mas que teria deixado o local logo após o crime. Este homem disse que ele, como várias outras pessoas que estava no momento do homicídio, deixaram o local, e no momento em que estava saindo com seu carro Momó teria jogado a arma usada no crime, um revólver calibre 38, com três projéteis deflagrados e dois intactos dentro do seu carro, e fugiu em um veículo Gol de cor cinza ou verde.
Naquele momento, a testemunha disse que ficou sem saber o que fazer e preferiu ir embora. No entanto, procurou o seu advogado, que o orientou a retornar ao local do crime e entregar a arma aos policiais, ficando à disposição para outras informações durante a investigação.
Peritos da Polícia Civil estiveram no local fazendo os levantamentos de praxe e constataram que Natália foi atingida com tiros no ouvido direito e no esquerdo e no queixo. Os policiais ainda registraram no boletim de ocorrência que uma viatura já havia comparecido ao sítio mais cedo e orientado os organizadores da festa a encerrarem o evento às 22h30. Porém, quando a viatura deixou o local, eles seguiram com a festa.
Os dois organizadores da festa fugiram do sítio no momento em que o crime aconteceu e ainda não haviam sido localizados. O mesmo aconteceu com o suspeito dos disparos, que até o fechamento desta edição continuava foragido