Que tal um passeio cicloturístico, enriquecido por uma paisagem com rochas gigantescas, resquícios de mata atlântica, cachoeiras e muito mais? Com o objetivo de valorizar pequenas empresas instaladas num trecho que vai de Araçuaí a Carlos Chagas, o Sebrae Minas e a Prefeitura de Araçuaí realizaram um passeio ciclístico teste. A atividade contou com a participação de um grupo de 7 ciclistas.
Já o roteiro percorrido foi o trajeto da antiga Bahia-Minas, entre Araçuaí e o distrito de Engenheiro Schnoor. Segundo a Prefeitura, a ferrovia do trecho – extinta em 1996 – ligava os vales do Jequitinhonha e Mucuri ao litoral da Bahia, em Ponta de Areia.
“Com a extinção da ferrovia, restou o saudosismo dos tempos áureos. Além desse sentimento, foram deixados aproximadamente 277 quilômetros, no lado mineiro, com estações desativadas, pontes e túneis inseridos em belíssimos cenários. O trecho se tornou, agora, excelente oportunidade para passeios de bicicleta”, destacou a Prefeitura.
Planejamento da rota para a prática de cicloturismo
Ainda de acordo com a Prefeitura de Araçuaí, a proposta é construir um roteiro que passa pelo município, além das regiões de Ladainha, Poté, Novo Cruzeiro, Teófilo Otoni, com finalização em Carlos Chagas. Segundo os idealizadores, o objetivo é “aumentar o faturamento das pequenas empresas e famílias, instaladas ao longo desse trecho, e atrair novos negócios”.
Além disso, o Sebrae, juntamente com o Circuito Turístico das Pedras Preciosas, está atuando como articulador ao apresentar o projeto para os municípios envolvidos.
História da ferrovia
A estrada de ferro começou a ser construída em 1881 e foi desativada em 1966. Seus 578 quilômetros ligaram o Vale do Jequitinhonha ao Atlântico, de Araçuaí a Ponta de Areia, onde os trilhos desembocavam num porto que recebia navios da costa do Sudeste. Então, o sertão se tornou parceiro comercial de grandes centros através da “Baiminas”.
Com a desativação da ferrovia, estações foram abandonadas, e os dormentes arrancados deram espaço a estradas vicinais, fazendo parte da história descarrilar. A maria-fumaça deu seu último apito em 1966. Mas, desde então, a via férrea foi cantada em prosa e verso, rendeu livros e ficou na memória de todos que pertencem à região. (Informações: Prefeitura de Araçuaí)