Todas as companhias de viagens vêm adotando medidas e seguindo protocolos de prevenção contra a Covid-19
O novo coronavírus (Covid-19) impõe alterações em todos os meios de transporte, em especial naqueles que levam muitas pessoas, que acabam ficando expostas a contaminações. Para evitar o contágio, empresas de transporte intermunicipal e interestadual precisaram passar por adaptações, a fim de oferecer maior segurança aos passageiros durante as viagens.
Na Rodoviária de Governador Valadares, todas as companhias de viagens vêm adotando medidas e seguindo protocolos de prevenção contra a Covid-19, sugeridos pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Na viação Itapemirim, por exemplo, os passageiros são orientados a manter distância segura no momento do check-in; usar máscara, que é item obrigatório, durante o check-in e ao longo da viagem; lavar as mãos com água e sabão / ou fazer o uso do álcool em gel 70% antes de entrar no ônibus; adiar a viagem e procurar um posto médico caso esteja com algum sintoma de gripe – febre, tosse, cansaço, espirros, entre outros sintomas semelhantes aos da Covid-19.
A empresa também precisa obedecer uma série de recomendações, como manter os ônibus limpos, higienizando/esterilizando após cada viagem; disponibilizar álcool em gel 70% para os motoristas, cobradores e passageiros e, se possível, máscaras para as pessoas que apresentarem sintomas semelhantes aos de gripe; se perceber que algum membro da equipe está com os sintomas, afastá-lo das suas funções imediatamente.
Rodoviária vazia
A parte negativa é a crise instalada no sistema de transporte público e rodoviário. As medidas de isolamento social provocaram uma queda prevista e inevitável de passageiros, colocando em risco a continuidade do serviço de muitas empresas.
Diante do momento delicado, a Gontijo comunicou que reduziu os horários, fez remanejamento de passageiros e cancelamento de viagens durante a pandemia. A empresa continua realizado viagens de Valadares para Belo Horizonte. Para evitar filas e aglomerações nos guichês, o passageiro rodoviário está sendo estimulado a comprar suas passagens pela internet.
Para o aposentado José Antônio será mais difícil viajar, devido à redução de horário. “Venho uma vez por mês para receber e preciso pegar o ônibus. Para quem mora no interior é mais difícil, porque já são poucos ônibus na Rodoviária, e a gente fica muito tempo esperando”, comentou.
Comércio afetado
Nas imediações da rodoviária, o comércio também sofre com as restrições e queda no número de passageiros. Como o comércio sobrevive quase que 80% de passageiros oriundos de outras cidades que passam por Valadares, comerciantes e vendedores ambulantes lamentam a crise.
“Estou aqui neste ponto há 37 anos e nunca vi algo parecido. Fui obrigado a dispensar um funcionário e estou trabalhado aqui sozinho. Lamento pelos meus amigos que tiveram as vendas reduzidas porque não tem passageiros. Enquanto isso não passar, todo mundo é obrigado a se adaptar a essa situação”,
lamentou o vendedor Eder José de Assis.