Reflorestamento da bacia do rio Doce terá plantio de 250 mil mudas na região

De 1,100 milhão de mudas usadas para o reflorestamento da bacia do rio Doce, 250 mil serão plantadas na região, nos municípios de Santa Maria do Suaçuí, Periquito, Campanário e Jampruca. Em todo o Médio Rio Doce, o número de mudas plantadas será entre 600 mil e 700 mil. Segundo a Fundação Renova, que promove o reflorestamento como uma das ações de reparação dos prejuízos pelo rompimento da barragem da Samarco em Mariana, as ações em Áreas de Preservação Permanente (APPs) da bacia acontecerão por dez anos, com investimentos de aproximadamente R$ 1,1 bilhão.

Na região, a ação de reflorestamento é uma parceria entre a Renova e o Centro de Formação Francisca Veras, organização de Governador Valadares formada por famílias assentadas e mediadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A restauração será em área de 180 hectares.

“A parceria envolve ações de mobilização, capacitação e cercamento das áreas locais. A previsão de produção inicial é de cerca de 250 mil mudas, dentre espécies florestais e agroflorestais, envolvendo 200 famílias no primeiro momento. Essa parceria-piloto pode expandir futuramente para mais de 340 hectares. O processo tem conclusão prevista para outubro de 2020”, informa a Renova, por meio de nota.

Ainda segundo a Renova, pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade Federal de Viçosa (UFV) trabalham em conjunto com a Fundação para definir as áreas de ações prioritárias. “Esse trabalho conjunto constrói critérios que definem as áreas de plantio direto, que podem ser econômicos, sociais ou ambientais. Dentre eles estão a geração de emprego e renda e a importância da recuperação de nascentes nos locais”, afirma a Renova, que ainda promete recuperar 5.000 nascentes em dez anos, por meio do plantio de mudas e da regeneração natural.

Parque do Rio Doce

Em outra ação compensatória pelo despejo de rejeitos no rio Doce após o rompimento da barragem em Mariana, a Renova anunciou o investimento de R$ 63 milhões no Parque Estadual do Rio Doce, entre os municípios de Timóteo, Marliéria e Dionísio, no Vale do Aço. “O aporte de recursos vai permitir que a área continue cumprindo o seu papel na produção de pesquisas científicas e produzindo conhecimento de qualidade. Além disso, as ações devem beneficiar as comunidades do entorno da unidade de conservação, ao aliar o desenvolvimento à preservação ambiental”, pontua a Renova.

por THIAGO FERREIRA COELHO | thiago@drd.com.br

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