RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O policial reformado Fabrício Queiroz, operador das supostas rachadinhas no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro (PL), atual senador, vai tentar mais uma vez entrar para a política.
Fabrício Queiroz, policial reformado e aliado da família Bolsonaro, se filia ao DC no Rio de Janeiro para concorrer a vereador em 2024 – Reprodução
Após não conseguir votos suficientes para ocupar uma cadeira na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, o PM aposentado se volta agora para a Câmara Municipal carioca.
Nesta quarta (13), Queiroz teve uma reunião no diretório estadual do nanico DC (Democracia Cristã). Ele se filiou à sigla e deve se lançar como candidato a vereador em 2024. O policial reformado estava no PTB, que acabou depois de se fundir com o Patriotas, dando origem ao PRD (Partido da Renovação Democrática).
Na eleição passada, Queiroz teve pouco menos de 7.000 votos para deputado estadual. O PM aposentado acredita que, por seus eleitores estarem mais concentrados na zona oeste da capital fluminense, ele tenha mais chances no pleito municipal.
Para a eleição à Assembleia Legislativa, Queiroz vinculou sua imagem à família Bolsonaro, sem ter, no entanto, nenhum gesto de reciprocidade. Ele acredita que o mesmo se repetirá no ano que vem.
A relação entre eles está estremecida. Recentemente, o pivô das investigações sobre as suspeitas de funcionários fantasmas no gabinete de Flávio disse em áudios que estava recebendo apenas migalhas do clã.
Os áudios, revelados pelo portal Metrópoles, fazem parte de uma troca de mensagens com Alexandre Santini, ex-sócio do senador em uma loja de chocolates na Barra da Tijuca que também já foi alvo de investigações.
Durante a campanha do ano passado, toda vez que o perguntavam se tinha o apoio da família Bolsonaro, Queiroz dava a mesma resposta: “Pergunte a eles”.
Para 2024, o policial reformado já se prepara para repetir a mesma coisa. Ele diz que a pergunta não é uma provocação à família, que ele conhece desde que os filhos eram pequenos, mas uma dúvida genuína, “com só um pouquinho de ironia”, ele completa.