Redes pública e privada registram queda na ocupação de leitos de UTI COVID
Fazia muito tempo que Governador Valadares não dava sinais de esperança no combate à pandemia do novo coronavírus. Porém, durante a semana, o município apresentou indicadores positivos no controle do vírus, com quedas na taxa de ocupação de leitos de UTI e no número de mortes.
A taxa de ocupação de leitos UTI COVID nos hospitais particulares é de 38%; no SUS, a taxa é de 55%. A informação consta no balanço epidemiológico desta sexta-feira (13), divulgado pela Prefeitura. Esses números precisam estar associados à vacinação, principal arma no combate à pandemia e responsável direta pela redução de casos e mortes causadas pela doença. Entretanto, a Secretaria Municipal de Saúde pede cautela e alerta para não dispensar os cuidados, a fim de evitar a transmissão do vírus.
O total de mortes na cidade é de 1.280. O total de casos confirmados chega a 29.577, sendo que 28.194 pessoas estão curadas. Governador Valadares tem 62 pacientes internados com a doença, incluindo 17 que estão na UTI. O total de casos suspeitos é de 280, incluindo 91 mortes. 51 pessoas cumprem isolamento domiciliar.
Vacinação avança
A vacinação contra a covid-19 se iniciou no dia 19 de janeiro em Governador Valadares. Seis meses após o início da imunização, o Município está aplicando a primeira dose em jovens a partir dos 23 anos. Até o momento, 154 mil pessoas receberam a primeira dose e 62.639 a segunda dose.
De acordo com a Prefeitura, o processo de imunização segue o cronograma de doses enviadas pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Estado de Saúde (SES). Os imunizantes aplicados até agora foram da AstraZeneca, CoronaVac, Pfizer/BioNTech e Janssen.
Importante destacar que as vacinas não impedem que a pessoa seja infectada pela doença, mas reduz as chances de agravamento do caso e de morte.
“A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informa que a redução da ocupação de leitos de UTI por COVID-19 é esperada à medida que a imunização avança para coberturas vacinais mais amplas, e resulta da interação entre menor transmissão, ocorrência de adoecimento mais leve entre imunizados e aprimoramento no diagnóstico oportuno e tratamento adequado. Assim, há menos casos graves que precisam de cuidados hospitalares intensivos”, explica a secretária de Saúde, Caroline Sangali.
Com a redução de internações em leitos de UTI, os sistemas público e privado de saúde “respiram” mais aliviados com a oportunidade de ter mais leitos disponíveis para casos graves, inclusive para os municípios da macrorregião. Cenário bem diferente do enfrentado nos primeiros meses do ano, quando a cidade atingiu 100% da capacidade de leitos de UTI Covid.
“A disponibilidade de leitos de UTI foi ampliada no início da pandemia e chegou ao máximo em abril deste ano. Entretanto, conforme a demanda [necessidade] foi se atenuando, não só o número de leitos instalados foi reduzido, como os atualmente disponibilizados tiveram sua ocupação diminuída”, acrescentou a secretária de Saúde.
Ao atribuir a queda nos casos ao avanço da vacinação, Carol defende também a manutenção das medidas de segurança sanitária. Outro fator que deve ser lembrando é a presença da variante delta, com casos confirmados em algumas cidades mineiras. “O cenário epidemiológico atual é mais favorável, entretanto, não podemos dispensar os cuidados para evitar a transmissão do vírus. Devemos manter o distanciamento social, utilização correta de máscaras, lavagem de mãos, cuidados e isolamento de sintomáticos e seus contatos, bem como a conclusão do esquema vacinal (para as vacinas com segunda dose)”, disse Caroline.
