Embora ainda não haja uma cura para o Alzheimer, algumas atividades podem melhorar a qualidade de vida dos pacientes. É justamente este o objetivo de um projeto de extensão do campus Governador Valadares da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF-GV). Para isso, está recrutando idosos para uma pesquisa que busca orientar e propor alternativas para minimizar os efeitos deste que é um dos principais declínios cognitivos associados à idade.
O projeto Declínio Cognitivo e Alzheimer é coordenado pelo professor da UFJF-GV, Renato Nery Soriano. Ele explica que a literatura científica mostra que música, meditação, dança e outras atividades lúdicas geram resultados promissores. Não por acaso, todas as intervenções ligadas à pesquisa combinarão esses elementos. Um grupo de idosos vai realizar atividades baseadas em música e arte e outro em música e cálculo. E tudo isso levando em consideração as preferências e o nível de escolaridade dos participantes.
“Alguns idosos serão aleatoriamente alocados no primeiro grupo. Eles escutarão músicas que eles mesmos ou seus cuidadores relataram serem relacionadas a algum momento da vida desse idoso e enquanto isso farão desenhos sobre as memórias, sentimentos, sensações despertadas pela música. Para idosos alocados aleatoriamente no segundo grupo, enviaremos uma lista com cálculos simples e os idosos resolverão a tarefa enquanto escutam músicas de sua preferência. Ao final, os idosos ou seus cuidadores reportarão tudo às integrantes da equipe do projeto”, detalha Soriano.