O curso é aberto para jovens a partir de 12 anos de idade
O Grupo Teatro Universitário (GTU), da Univale, está com inscrições abertas até o dia 13 de agosto para o curso de teatro. Serão oferecidas vagas para alunos da universidade e para a comunidade em geral. Neste ano, as aulas serão realizadas semanalmente, e ao final será feita a montagem de um espetáculo. As aulas de teatro são uma conquista do grupo valadarense, após aprovação no Edital Doce, proposto pela Fundação Renova. O edital parte do Programa de Apoio ao Turismo, Cultura, Esporte e Lazer e seleciona e apoia projetos, através de recursos financeiros.
Criado em 2016, o Grupo Teatro Universitário da Univale nasceu da necessidade de expansão e acesso à arte e à cultura em Valadares, visto que não existia nenhum curso de teatro voltado para estudantes universitários no município. O coordenador do grupo é o professor de pedagogia e ator Célio Martins. Ele ressalta que o projeto será um catalisador da cultura local.
“O edital vai até o dia 13 de agosto, teremos seleção no dia 14 com a presença dos inscritos e as aulas começam dia 21 de agosto. As aulas vão respeitar as medidas sanitárias. O tempo de permanência no projeto é de um ano, tempo em que iremos ter aulas e montaremos espetáculos teatrais”, explicou Célio.
Ao longo dos anos, o GTU fez a montagem de dois espetáculos teatrais e se apresentou em quatro espaços culturais diferentes na cidade: Galeria Monhangara, Univale, CEU das Artes e Colégio Imaculada Conceição, além de produzir diversas peças audiovisuais, como “Poesias no caos”, “Dicas culturais” e “Sete pecados da pandemia”.
“As expectativas deste projeto são as melhores possíveis, pois, assim, poderemos explorar outros campos da arte de dramatizar, visto que teremos apoio de outra empresa investindo em nosso trabalho e acreditando que a arte pode e deve fazer parte do cotidiano das pessoas”
Célio Martins
Expectativa para a reabertura do Teatro Atiaia
Principal espaço cultural em Valadares, o Teatro Atiaia foi interditado em outubro de 2015, depois de um pedido do Ministério Público, que exigia adequações nas questões de segurança e acessibilidade para deficientes físicos. Desde então, o teatro está passando por reformas, com previsão de entrega para o mês de agosto deste ano.
Célio acredita que a formação de novos talentos será importante quando o teatro for reaberto. “Com o fechamento do Teatro Atiaia para reforma, há mais de 5 anos, e com a pandemia, muitas atividades artísticas, principalmente teatrais, tiveram que ser interrompidas na cidade, e nesse tempo tivemos pouco investimento nesse campo na cidade. Dessa forma, o objetivo maior do projeto é democratizar o acesso à cultura através da promoção técnica, artística, intelectual, ética e cultural de estudantes e comunidade, através de oficinas e apresentações de espetáculos teatrais, resgatando a identidade cultural, sentimento de pertença e construção de cidadania”, disse.
Sobre o Edital Doce
O edital Doce pretende selecionar e apoiar, com recursos financeiros da Fundação Renova, projetos inéditos ou novas edições de propostas já existentes por meio de pessoas físicas, microempreendedores, coletivos e grupos informais, organizações sem fins lucrativos e empresas atuantes nos 36 municípios de Minas Gerais.
De acordo com a Fundação Renova, as cidades são: Aimorés, Alpercata, Barra Longa, Belo Oriente, Bom Jesus do Galho, Bugre, Caratinga, Conselheiro Pena, Córrego Novo, Dionísio, Fernandes Tourinho, Galileia, Governador Valadares, Iapu, Ipaba, Ipatinga, Itueta, Mariana, Marliéria, Naque, Periquito, Pingo-D’Água, Ponte Nova, Raul Soares, Resplendor, Rio Casca, Rio Doce, Santa Cruz do Escalvado, Santana do Paraíso, São Domingos do Prata, São José do Goiabal, São Pedro dos Ferros, Sem Peixe, Sobrália, Timóteo e Tumiritinga. O edital prevê a destinação de um montante máximo de R$ 9 milhões.
Segundo a Fundação Renova, na área de cultura, o edital busca projetos que atuem em ações de preservação do patrimônio material e imaterial local, realização de atividades de capacitação na área cultural (congressos, seminários, cursos, oficinas, workshops etc.), realização de espetáculos, eventos culturais e apoio a manifestações culturais, projetos que incentivem o hábito da leitura, a produção literária local e a criação ou fortalecimento de bibliotecas itinerantes e centros de leitura, ações de criação, apoio, reconhecimento, incentivo e fomento voltados aos pontos de cultura já existentes, referenciados pela Lei Cultura Viva (lei nº 13.018/2014), com vistas à valorização da identidade local e promoção do protagonismo comunitário e apoio a projetos de circulação, intercâmbio e difusão artístico-cultural na região atingida pelo rompimento da barragem de Fundão.
